Este herbicida diminui a qualidade do mel, ou seja, está matando a apicultura da América Latina.
Na última década, a produção de soja no Cone Sul tem aumentado exponencialmente. O uso de sementes geneticamente modificadas e a aplicação de herbicidas provocam a indignação do povo, porque, além de causarem problemas de saúde na população, destroem a flora e a fauna.Um dos herbicidas mais odiosos é o glifosato que é comercializado pela empresa norte-americana Monsanto, recentemente adquirida pela alemã Bayer.
Os efeitos colaterais do uso de glifosato, que a propósito é proibido em vários países europeus, são revelados na apicultura. As abelhas colhem o néctar de flores atingidas pelo herbicida e bebem água contaminada por ele. Por isso, o mel apresenta vestígios do herbicida, diminuindo, assim, seu custo no exterior, explicou à Sputnik Mundo o presidente da Sociedade de Apicultores do Uruguai, Ruben Riera.
Apicultores reclamaram para as autoridades do Uruguai, dizendo que tal preço do mel nos mercados europeus e norte-americanos põe em dúvida a existência da apicultura uruguaia.
As autoridades permitiram realizar pesquisas e detectar a fonte deste herbicida e como ele cai nas colmeias. Mas os apicultores não só querem detectá-lo, mas também eliminá-lo.
O mel do Uruguai é principalmente exportado para a Europa e para EUA. Vale destacar que a Alemanha, um dos melhores e mais exigentes compradores, está comprando apenas um sexto do mel uruguaio que chega à Europa, sendo que antes comprava 90% de todo o produto latino-americano.Ruben Riera sublinha que os EUA até agora não limitaram as importações do mel do seu país, mas ele julga que isso acontecerá em breve. Recentemente, o glifosato foi oficialmente reconhecido como um produto cancerígeno na Califórnia. A indignação cresce pouco a pouco em outros estados norte-americanos também.
"É provável que os EUA introduzam restrições", disse o presidente da Sociedade de Apicultores do Uruguai.
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