Maduro denuncia ataque com granada contra a Suprema Corte da Venezuela

© Juan Barreto/AFPNicolas Maduro
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O presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou nesta terça-feira que um helicóptero atacou o prédio da Suprema Corte do país e uma granada atirada contra o local não explodiu, mas foi o suficiente para agravar ainda mais a crise que o país atravessa.

A denúncia foi feita durante um pronunciamento de Maduro na TV estatal do país, no qual ele afirmou que as forças especiais já estavam atrás dos “terroristas” envolvidos no episódio, mais um na crise que já passa de três meses, com protestos diários contra o seu governo.

“Eu exijo que o MUD [coalizão de oposição] condene esse ataque eminentemente golpista”, afirmou Maduro, que explicou ainda que a aeronave teria sobrevoado também o Ministério do Interior da Venezuela.

O ataque contra a Suprema Corte seria resultado das recentes decisões do Judiciário a favor de Maduro, as quais permitiram que o presidente aumentasse o seu poder sobre o Legislativo.

O líder venezuelano voltou a afirmar ainda que a oposição quer dar um golpe, tudo com anuência e financiamento do governo dos Estados Unidos, de acordo com Maduro. E ele garantiu que irá resistir “com armas” se necessário.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. - Sputnik Brasil
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“Estou falando ao mundo e espero que o mundo escute após 90 dias de protesto, destruição e morte: Se a Venezuela estivesse mergulhada no caos e na violência e a Revolução Bolivariana for destruída, iremos ao combate. Nós nunca desistiremos, e o que não poderia ser feito com votos, faria com armas, libertaríamos a pátria com armas”, afirmou.

Maduro pressiona o Legislativo para uma votação de uma Assembleia Constituinte, no dia 30 de julho, que poderia mudar a Constituição do país, garantindo-lhe maior controle sobre o Parlamento, este dominado pela oposição. Segundo o presidente, só isso poderá pôr fim aos conflitos internos no país.

Com as eleições presidenciais de 2018 em vista, a oposição se recusa a participar da Constituinte e participa diariamente dos protestos nas ruas. Figuras proeminentes do país, como a procuradora-chefe Luisa Ortega e o ex-chefe da inteligência Miguel Rodriguez, condenaram as recentes atitudes de Maduro.

Até o momento, pelo menos 76 pessoas já morreram ao longo dos três meses de protestos na Venezuela, e a ONG Foro Penal estima que 383 pessoas são consideradas presos políticos no país.

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