Uma tarefa nada fácil: Trump encarrega Tillerson de restaurar relações com Rússia

© REUTERS / Sergei KarpukhinO secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, ajusta seus óculos durante uma entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, depois de suas conversas em Moscou
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, ajusta seus óculos durante uma entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, depois de suas conversas em Moscou - Sputnik Brasil
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O presidente dos EUA, Donald Trump, deu instruções ao secretário de Estado, Rex Tillerson, para restaurar as relações com Moscou, informou o último durante sua visita à Nova Zelândia. É uma tarefa complicada, no entanto, nem tudo está tão mal como parece, afirma o colaborador da revista russa Expert, Sergei Manukov.

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As relações com a Rússia estão passando agora por um dos períodos mais difíceis em sua história, por isso Trump "me deu instruções para restaurá-las", informou o secretário de Estado em Wellington. Ele também disse que o escândalo político que envolve a suposta interferência russa na campanha eleitoral dos EUA, nas vésperas das eleições presidenciais do ano passado, não deve influenciar o trabalho dos diplomatas norte-americanos destinado a melhorar as relações com Moscou.

Segundo o canal Fox News, que cita Tillerson, apesar da forte pressão, tanto dentro do país como fora, Trump não tem intenções de abandonar seus planos para melhorar as relações com a Rússia.

"A tarefa que enfrenta o secretário de Estado não é nada fácil… A questão mais complicada, então e agora, continua sendo a Síria. Washington e Moscou ainda têm muitas divergências quanto aos métodos a serem utilizados para resolver o problema", explica o especialista.

Além disso, o analista recorda que apesar das reiteradas declarações de Washington, que culpa Moscou, não se pode considerar como terminadas as negociações entre a Rússia e os EUA.

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"Porque se mantêm e se estão realizando de uma maneira muito intensa, não somente sobre a Síria, mas também sobre outros temas, como o conflito no sudeste da Ucrânia. Na realidade, foi isso que confirmou em 6 de junho o secretário de Estado", afirma o especialista russo.

Segundo Manukov, as relações com a Rússia continuam ocupando um lugar muito importante na política externa dos EUA.

"O fato de Donald Trump não ter intenções de ceder perante a pressão de seus oponentes e de desistir das intenções de melhorar estas relações, significa muito. Significa, por exemplo, que a nova administração já está habituada a esta situação. Parece que, após quatro meses na Casa Branca, o presidente se acostumou aos ataques de vários oponentes e aprendeu a resistir aos choques", acredita Manukov.

Para argumentar sua ideia, ele recorda que Trump recusou a ideia de criar na Casa Branca uma espécie de centro de comando para responder aos ataques dos inimigos ligados ao "escândalo russo".

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