"Até hoje [sexta-feira passada, 26], temos 55 venezuelanos mortos. As forças de direita tentam atribuir a responsabilidade por isso ao presidente Maduro", assinalou.
O representante venezuelano destacou que a questão de identificação das vítimas e a investigação de cada caso concreto representa um assunto doloroso para o país.
De acordo com Faría Tortosa, 12 pessoas morreram eletrocutadas durante o saqueio de uma loja.
"Eles todos morreram de um choque elétrico, não se trata de uma morte produzida por um tiro de sniper", assinalou. Além disso, entre 12 e 15 pessoas morreram nas 'guarimbas".
"Na Venezuela, 'guarimbas' é o nome atribuído aos espaços conquistados pela oposição, onde ela constrói barricadas, organiza incêndios, estendem cabos metálicos à altura de um metro para causar lesões mortais a motociclistas", explicou.
O diplomata adiantou que cerca de seis mortos não participavam de manifestações e não apoiavam nem a oposição, nem o setor chavista.
"Contra uma das vítimas foi atirada uma garrafa de água congelada. Outra pessoa, que não tem nenhuma ligação aos protestos, foi morta a tiro em San Cristóbal, no estado de Táchira", revelou.De acordo com o chefe da missão diplomática, o criminoso que o fez já foi detido. Segundo foi revelado, ele está ao serviço dos grupos de oposição.
O diplomata expressou a dúvida que um protesto, no decorrer do qual os participantes usaram coquetéis molotov e objetos pesados contra os policiais, possa ser caracterizado como pacífico.
"Será que as vítimas produzidas por cada manifestação são proveitosas para o governo? Ou muitas vítimas é algo de benéfico para a oposição, para que esta justifique tudo o que quiser justificar: a intervenção ou o isolamento político, internacional e econômico?", se perguntou.
Além disso, Faría Tortosa sublinhou que o governo apela sempre à paz e que os policiais venezuelanos não têm equipamento de guerra.
"Eles usam gás lacrimogêneo, água, como se faz em outros países. Tudo aquilo que os representantes da oposição dizem sobre a responsabilidade de Maduro e das forças de segurança pelos 55 mortos é uma mentira", resumiu."Temos estatísticas exatas à nossa disposição. […] Podemos afirmar com toda a responsabilidade que uma grande parte de mortes não tem nada a ver com protestos. Trava-se também a investigação de outros casos que se deram em condições suspeitosas. Gostaríamos de esclarecer a situação", assegurou o chefe da missão diplomática venezuelana na Rússia.
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