Jornalista famoso por investigar narcotraficantes é assassinado com 12 tiros no México

© REUTERS / Carlos JassoJournalists and activist protest against the murder of the Mexican journalist Miroslava Breach, in Mexico City, Mexico
Journalists and activist protest against the murder of the Mexican journalist Miroslava Breach, in Mexico City, Mexico - Sputnik Brasil
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Um dos principais jornalistas do México, Javier Arturo Valdez Cárdenas foi assassinado quando saia do jornal em que trabalhava. Cárdena era um comunicador premiado e ganhou destaque ao investigar o narcotráfico e suas conexões com o mundo político.

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Segundo reportagem do próprio jornal em que trabalhava e ajudou a fundar, o Ríodoce, o comunicador foi baleado em uma simulação de assalto por homens encapuzados no centro de Culiacán, no estado de Sinaloa. Foram 12 disparos em um crime que o periódico afirma que foi causado pela investigação do narcotráfico que Cárdena realizava. O crime aconteceu segunda-feira (15).

"Desde que decidimos cobrir a questão do tráfico de drogas, sabíamos que isso poderia acontecer; Javier sabia, todos nós no Ríodoce sabíamos. E fizemos reportagens com medo todos estes anos, certos de que, como ele disse uma vez, quando alguém toma a decisão de matar alguém, mata", afirma o jornal de Cárdena em texto publicado em seu site.

Já são 5 jornalistas assassinados no México em 2017, de com acordo com um levantamento da ONG Artigo 19. Desde 2000, são 105 comunicadores que foram mortos possivelmente devido ao seu trabalho de jornalista, ainda de acordo com a ONG.

Cárdenas já havia publicado livros sobre o narcotráfico e colaborava com outros meios de comunicação. Atualmente, estava investigando o Cartel de Sinaloa, antigo grupo criminoso do narcotraficante El Chapo Guzmán, e também o Cartel da Nova Geração de Jalisco, considerado pelo jornalista como a principal organização criminosa do México no momento. Ele recebeu o Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa do Comitê para a Proteção a Jornalistas (CPJ), em 2011.

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