"Foi feito um pedido para investigar as alegações que o major-general saudita Ahmed Al-Aziri é diretamente responsável pelos crimes de guerra cometidos pela Arábia Saudita no Iêmen", disse.
"[Os crimes] incluem bombardeios indiscriminados de aéreas civis e uso de bombas de fragmentação. Assim, em evidência 'prima facie', a Arábia Saudita terá alegadamente cometido estes crimes, por isso é correto e adequado que a polícia metropolitana esteja investigando o caso", disse.
Se a polícia iniciar o processo criminal, eles terão de reconstruir a cadeia de comando que realizou os ataques aéreos contra civis no Iêmen e esclarecer quem autorizou o ataque.
"Depois eles vão esclarecer se a pessoa que ordenou os ataques em questão foi autorizada pelo ministro da Defesa saudita. Eles podem esclarecer a sucessão de ordens, revelar a documentação e evidências para ver se estes três graus diferentes foram instrumentos fundamentais desse crime de guerra, e então, em teoria, a polícia poderia emitir mandados de prisão internacionais contra os funcionários correspondentes", disse Tatchell.A unidade da Polícia Metropolitana SO15 está realizando "os exercícios de definição" em relação às alegações na véspera da visita da premiê britânica Theresa May para países do Oriente Médio, incluindo a Arábia Saudita, para reforçar as relações comerciais e na área de segurança.
A Arábia Saudita é o maior parceiro comercial do Reino Unido no Oriente Médio e seu maior comprador de armas. Entre abril de 2015 e março de 2016, depois do início da campanha de bombardeios pela Arábia Saudita no Iêmen, o governo da Grã-Bretanha aprovou um acordo de exportação de armas para os sauditas no valor de £ 3,3 bilhões (R$ 12,8 bilhões).
"Sem dúvida que [a possível investigação policial] é um enorme embaraço para Theresa May e para os sauditas. Eles gostariam que tudo isso desaparecesse e nós, como defensores de direitos humanos, sustentamos que a diplomacia e a política real não devem ignorar as preocupações com os direitos humanos.""É muito, muito importante cumprir as nossas obrigações na área dos direitos humanos. Assim, o fato de a Grã-Bretanha e os EUA terem relações tão estreitas com a Arábia Saudita é verdadeiramente chocante", disse o ativista.
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