'Para se reforçar, Marinha dos EUA terá de enfrentar vários desafios'

© REUTERS / Marinha dos EUAHelicópteros sobre o porta-aviões americano USS Theodore Roosevelt
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O presidente dos EUA, Donald Trump, quer reforçar a Marinha do país e deu a conhecer os seus planos de ampliar a frota de porta-aviões para 12 unidades. Não obstante, a sua administração terá de enfrentar vários desafios para atingir esta meta, escreve o especialista em defesa Dave Majumdar.

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Em seu artigo para a revista The National Interest, o colunista aponta que, além de pretender aumentar o número de porta-aviões, o presidente dos EUA afirma que o país precisa de "mais aviões, capacidades modernizadas e um maior potencial".

Embora especialistas navais expressem que o plano de Trump é "ambicioso e necessário para fazer crescer a Marinha", destacam que as autoridades do país terão muitos problemas em alcançar esse objetivo, devido aos futuros custos.

"O presidente deve permanecer firme em sua decisão e nomear pessoas que entendam a aplicação do poder naval, para que traduzam essa compreensão em uma poderosa defesa política. Sem isso, a Marinha de 12 porta-aviões e 350 navios é uma fantasia", disse Bryan McGrath, ex-oficial naval, citado por Majumdar.

Robert O'Brien, especialista cuja candidatura é considerada para o cargo de secretário da Marinha, expressou o seu apoio aos planos do presidente, acrescentando que 12 porta-aviões são "fundamentais para as capacidades de projeção de poder dos EUA".

"Os grupos de porta-aviões são a espinha dorsal da frota. Temos de ser capazes de mobilizar grupos navais avançados no mundo, tanto para a nossa presença quanto para a contenção de nossos adversários", acrescentou Robert O'Brien.

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Além disso, O'Brien destacou que em 2016 a Marinha dos EUA, pela primeira vez em muitos anos, não conseguiu manter a sua presença no Golfo Pérsico para apoiar as operações de combate contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia). Na opinião do especialista, os compromissos internacionais de Washington e o fato de que o país está envolvido no Afeganistão e no Iraque implicam que os EUA "têm que ser capazes de mobilizar um número suficiente de porta-aviões".

Desta forma, a Marinha terá que ampliar sua frota para incluir mais submarinos e navios de superfície, prossegue Majumdar. Alguns analistas, incluindo o especialista do Centro para uma Nova Segurança Americana, Jerry Hendrix, admitem que o país precisa de até 40 novas fragatas e 70 submarinos de ataque como parte de sua futura ampliação para "ter mais patrulhas de presença naval" e proteger seus interesses comerciais.

"Somos uma república comercial. Nossa frota tem que ser suficiente para manter as rotas marítimas abertas. Temos que ter capacidade naval que nos permita derrotar nossos inimigos", concluiu O'Brien.

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