Opinião: novas sanções antirrussas de Obama foram 'presente de Ano Novo' para Trump

© AP Photo / Pablo Martinez MonsivaisBarack Obama e Donald Trump conversam com a imprensa durante reunião na Casa Branca, em Washington, 10 de novembro de 2016
Barack Obama e Donald Trump conversam com a imprensa durante reunião na Casa Branca, em Washington, 10 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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As novas sanções dos EUA contra a Rússia foram "um presente de Ano Novo" do presidente cessante Barack Obama para seu sucessor Donald Trump.

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Eis a opinião explicada na terça-feira (03) por Derek Norberg, chefe da Parceria Russo-Americana no Pacífico (Russian American Pacific Partnership – RAPP, na sigla em inglês), à agência RIA Novosti.

"A meu ver, Obama aproveitou sua última chance para exercer pressão sobre o presidente russo Vladimir Putin e sobre a Rússia. Quanto a Trump, provavelmente a introdução das novas sanções foi para ele um presente de Ano Novo de Obama", opinou Norberg.

Ele fez lembrar que "Trump sempre falou do desejo de normalizar as relações ou de simplesmente ter relações mais amistosas com a Rússia".

Ao mesmo tempo, Norberg aponta que será mais fácil cancelar as novas sanções do que as que foram impostas devido à situação na Ucrânia.

"Após sua posse, Trump poderia usar seu cancelamento como o primeiro passo no sentido da reconciliação com a Rússia", ressalta.

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Na visão de Norberg, muita coisa vai depender das provas que os serviços de inteligência dos EUA apresentarem em relação ao "hackeamento russo". O chefe da RAPP admite que a Rússia possa ter empreendido algumas ações contra os EUA no ciberespaço, mas está convencido de que estas não tiveram impacto no decorrer das eleições presidenciais.

Segundo Norberg, "a eventual pressão por parte da Rússia, se ela realmente foi exercida, não foi um fator decisivo na vitória de Trump nas eleições":

"Houve outros fatores muito mais significativos, inclusive a grande impopularidade da candidata do Partido Democrata Hillary Clinton entre os eleitores", frisa.

Anteriormente, alguns serviços de inteligência norte-americanos dos EUA anunciaram que hackers russos terão, alegadamente, atacado recursos informáticos de organizações políticas do país durante a campanha eleitoral para ajudar o republicano Donald Trump a vencer. No entanto, os EUA não apresentaram quaisquer provas sobre a suposta participação da Rússia em ataques de hackers.

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Vale lembrar que, em 29 de dezembro do ano passado, Barack Obama anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos dos EUA como uma das medidas adotadas contra Moscou por sua suposta interferência nas eleições presidenciais no país por meio de ciberataques contra o Partido Democrata.

No dia seguinte ao anúncio, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que não expulsaria diplomatas americanos da Rússia em resposta às medidas adotadas pela Casa Branca. De acordo o líder russo, a manobra de Obama tinha por único objetivo provocar a deterioração das relações bilaterais a poucos dias da posse da nova administração em Washington.

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