Moscou: EUA expulsam diplomatas russos que chegaram há 2 meses

© Sputnik / Natalia Seliverstova / Acessar o banco de imagensO edifício do Ministério das Relações Exteriores russo na Praça Smolenskaya-Sennaya, em Moscou
O edifício do Ministério das Relações Exteriores russo na Praça Smolenskaya-Sennaya, em Moscou - Sputnik Brasil
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A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia Maria Zakharova informou na sexta-feira (30) que os EUA decidiram expulsar diplomatas russos que tinham chegado ao país apenas há dois meses.

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De acordo com ela, um total de 96 diplomatas russos e membros das suas famílias são obrigados a abandonar os EUA.

"De fato, estamos falando não apenas dos diplomatas, mas também dos membros das suas famílias. Se trata de 96 pessoas, incluindo crianças em idade escolar e pré-escolar", comunicou Zakharova.

"De acordo com os dados que serviram de base para a tomada dessa decisão pela administração [Obama], os dados dos serviços de segurança, os diplomatas russos terão, alegadamente, participado em algumas atividades para afetar as eleições presidenciais dos EUA em 2015 e primavera de 2016", destacou a representante oficial da chancelaria russa.

"Gostaria de destacar que as pessoas que têm estado trabalhando nos EUA há apenas dois meses foram incluídas na lista de diplomatas e missões diplomáticas nos EUA. Não se pode compreender como é que eles poderão ter estado envolvidos de alguma maneira em ingerências nas eleições dos EUA, segundo indicam os serviços de inteligência dos EUA, em 2015 e na primavera de 2016", indagou Zakharova.

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Na opinião de Zakharova, a decisão de Washington de proibir as visitas aos complexos de edifícios da Embaixada da Rússia nos EUA "não tem precedentes".

Ela acrescentou que os dados sobre alegado fechamento, como retaliação, da escola anglo-americana em Moscou, onde estudam diplomatas dos EUA, Reino Unido e Canadá, é "mais um caso de desinformação deliberada".

Zakharova destacou que a Rússia tomou em conta os interesses do pessoal das missões diplomáticas dos EUA antes de tomar a decisão de não responder às ações americanas.

"O que aconteceu em 29 de dezembro é simbólico. Moscou anunciou o cessar-fogo na Síria, há muito tempo tão esperado. Diplomatas e militares juntaram esforços para encontrar uma base comum com os nossos parceiros. Foi difícil…. No mesmo dia, em 29 de dezembro, Washington anunciou a expulsão dos diplomatas russos. É uma espécie de vingança pelo fracasso da sua própria política externa", informou Zakharova.

Moscou espera que as atuais sanções sejam a última coisa que a administração do presidente cessante Barack Obama fez para estragar os laços entre a Rússia e os EUA.

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Antes, no mesmo dia, o presidente russo Vladimir Putin tinha informado que a Rússia "não expulsará ninguém" em resposta às sanções dos EUA e vai definir futuros passos que visem normalizar as relações com os EUA conforme forem as políticas que o presidente eleito Donald Trump irá adotar.

Na quinta-feira (29), os EUA introduziram novas sanções contra Moscou devido a alegados ciberataques levados a cabo durante as eleições presidenciais. Além disso, a Casa Branca também decidiu expulsar 35 diplomatas russos dos EUA, informando que eles terão no máximo 72 horas para deixar o país.

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