Opinião: que mudanças esperam OTAN e Pentágono durante presidência de Trump?

© flickr.com / Andrés FelicianoPentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA
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É pouco provável que a presidência de Donald Trump traga mudanças consideráveis para o Pentágono e a OTAN. Eis a opinião do analista político russo Aleksandr Khrolenko, entrevistado pela agência RIA Novosti.

Levando em consideração o fato de que alterações em estratégia requerem bastante tempo, seria errado esperar grandes mudanças no financiamento e nos programas de desenvolvimento do Pentágono e da OTAN, pensa Khrolenko.

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No seu artigo intitulado "Como o Pentágono e a OTAN vão mudar durante a nova presidência dos EUA", o analista destaca que a governança do país não pode ser reduzida apenas a um homem.

Nem sempre as promessas eleitorais dos presidenciáveis norte-americanos viram decisões governamentais, ressalta o analista, ao se referir às declarações anteriores de Trump sobre o fomento das relações entre Moscou e Washington.

"Tendo em vista que o desenvolvimento das Forças Armadas e a implementação de estratégias são inseparáveis dos interesses econômicos do Estado, o Pentágono e a OTAN continuarão sendo as prioridades dos EUA. Apesar do forte desejo do 45º presidente dos EUA de efetuar mudanças, julgo que a estratégia militar nacional de confrontação com a Rússia não mudará", aponta Khrolenko.

© AFP 2023 / POOL / Kim Hong-Ji Pouso do caça americano F/A-18 Super Hornet a bordo do porta-aviões Ronald Reagan durante exercícios navais conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, 28 de outubro de 2015
Pouso do caça americano F/A-18 Super Hornet a bordo do porta-aviões Ronald Reagan durante exercícios navais conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, 28 de outubro de 2015 - Sputnik Brasil
Pouso do caça americano F/A-18 Super Hornet a bordo do porta-aviões Ronald Reagan durante exercícios navais conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, 28 de outubro de 2015

O analista explica que melhorar as relações com a Rússia e, ao mesmo tempo, manter forças da OTAN ao longo das fronteiras russas, é algo que não é viável.

"Washington continuará apoiando seus aliados da OTAN e aumentando volume de armas fornecidas para eles", acrescenta Khrolenko.

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Na opinião dele, os EUA seguirão reforçando sua presença no Oriente Médio e no Círculo do Pacífico, zona que possui grandes reservas de petróleo e gás, enquanto os planos de posicionar sistemas de defesa antimíssil na Coreia do Sul poderão causar graves conflitos com Pyongyang e China. Além disso, como informou a agência Kyodo citando o comandante das forças americanas no Japão, tenente-general Jerry Martinez, após a vitória de Trump não haverá quaisquer mudanças no deslocamento das tropas dos EUA nesse país.

Khrolenko conclui que os interesses econômicos de Washington e sua estratégia de “contenção prolongada” não vão permitir a Trump realizar mudanças drásticas dos alicerces militares e políticos do poderio americano.

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