Na segunda-feira, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança vai colocar milhares de soldados em estado de prontidão elevada por causa das crescentes tensões nas relações com a Rússia.
"Vemos a Rússia muito mais ativa nas diferentes formas… Também vemos como ela usa a propaganda na Europa entre os aliados da OTAN, e é por isso mesmo que a Aliança responder. Estamos respondendo com o maior reforço da nossa defesa coletiva desde o fim da Guerra Fria", disse Stoltenberg em uma entrevista ao The Times, publicada na segunda-feira (7).
OTAN realizou a sua 27ª Cúpula OTAN, em 8 e 9 de Julho em Varsóvia. Nela, os ministros das Relações Exteriores dos países-membros da Aliança concordaram em fortalecer a sua presença militar na Europa Oriental numa base rotativa com quatro batalhões na Polônia e nos países bálticos.
"Eu acho que, antes de tudo, isto é devido ao conflito dos EUA com a Rússia por meio da OTAN, onde os norte-americanos têm uma grande influência. Não se deve acreditar quando na Aliança falam que a OTAN está tentando melhorar as relações com a Rússia, pois a Aliança se comporta de maneira agressiva em relação à Rússia", disse Trifkovic.
A analista acrescentou que, ao contrário das acusações da OTAN de que a Rússia "está usando sua propaganda na Europa", na verdade, os membros da OTAN tentam retratar a Rússia como inimigo para justificar a continuação da existência e a expansão da Aliança.
Desde o fim da Guerra Fria, a OTAN realizou intervenções desastrosas no Oriente Médio, que permitiram a disseminação do Daesh e de outros grupos islâmicos.
Ao mesmo tempo, a OTAN espera desviar a atenção de seu fracasso em prevenir o terrorismo, disse Trifkovic.
Ao invés de buscar a proteção da OTAN, os países europeus devem procurar a cooperação com a Rússia para prevenir o terrorismo, disse Trifkovic.
"Vemos que, por exemplo, no Oriente Médio, quando os EUA lutaram com os terroristas, não houve resultados. Mas a Rússia está tendo um verdadeiro sucesso e, de fato, está resolvendo os problemas com a intenção de proteger os Estados Unidos e a OTAN".
A política antiterrorista russa inclui a expansão da cooperação antiterrorista com os países europeus, incluindo a Bielorrússia e a Sérvia, que começaram exercícios militares trilaterais na Sérvia na semana passada.
Participam dos exercícios, mais de 700 unidades militares dos três países, que incluem tarefas táticas e treinamento de armas de fogo para melhorar as capacidades operacionais em operações multinacionais de combate ao terrorismo.
A OTAN continua afirmando que a Sérvia, junto com o vizinho Montenegro, um dia irá se juntar à Aliança, apesar da oposição popular.Na segunda-feira, o ex-secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, disse à rádio governamental dos EUA, Radio Free Liberty, que a Sérvia deve seguir Montenegro no que ele chamou de "instituições euro-atlânticas".
"No final, a Sérvia sabe muito bem que o seu futuro está nas instituições euro-atlânticas, principalmente na UE, e eu também acho que, a longo prazo, na adesão à OTAN", disse Fogh Rasmussen.
Todavia, no início deste ano, o presidente sérvio Tomislav Nikolic declarou que a Sérvia permanece firme com relação à rejeição da Aliança, e, segundo ele, "nós não vamos aderir à OTAN".
"A Rússia sabe que os sérvios não querem aderir à Aliança", concluiu o presidente da Sérvia.
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