Especialista prevê alastramento da agressão norte-americana

© AFP 2023 / FILES DAVID FURSTOs soldados do exército dos EUA da 101ª Divisão Aerotransportada
Os soldados do exército dos EUA da 101ª Divisão Aerotransportada - Sputnik Brasil
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Independentemente de quem seja o próximo presidente, os EUA começarão agindo de forma mais agressiva no palco internacional, acredita o colunista do Boston Globe Stephen Kinzer, investigador do Instituto Watson de Relações Internacionais.

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"A era de Obama pouco se parece com a idade de ouro da diplomacia, mas ela se parecerá com isso em comparação com o que nos espera no futuro", escreveu ele em um artigo intitulado "Futuro século da agressão dos EUA".

De acordo com o analista, nenhum dos candidatos à presidência dos Estados Unidos está disposto a recorrer à diplomacia e ao compromisso para a resolução de conflitos. Os EUA, em geral, não estão acostumados a fazer concessões a outros países, observa Kinzer.

"Nós dominamos em qualquer aliança em que entramos. Como nós sabemos fazer a guerra, nós permitimos que nossas habilidades diplomáticas se atrofiassem. Isso é perigoso. Os conflitos atuais são extremamente difíceis de serem resolvidos de forma militar, eles precisam de diplomacia engenhosa", afirmou cientista político.

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Kinzer acredita que nos próximos anos a segurança dos EUA dependerá das relações com a Rússia e a China. No entanto, hoje quem é o responsável pelas relações com estes países é o Pentágono e não o Departamento de Estado.

"O resultado foi uma política baseada em ameaças, confrontos, aventuras militares provocatórias e em escalada segundo o princípio ‘olho por olho'", assinala o colunista do Boston Globe.

Os defensores de tal rumo não acreditam que Moscou e Pequim defendem seus próprios interesses. Eles vêm a Rússia e a China como se fossem birrentos que desafiam sem vergonha o poder americano e que devem ser admoestados.

De acordo com Kinzer, assim pensam também os candidatos à presidência dos EUA: "Se nós temos o poder de impor aos outros a nossa vontade, então não precisamos da diplomacia ". No entanto, com esta abordagem os impérios não prosperam por muito tempo, avisa o cientista político.

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