Quais as razões da presença dos EUA na Europa? (além da Rússia)

© REUTERS / Kacper PempelSoldados poloneses e norte-americanos durante exercícios conjuntos Anakonda 16 perto de Torun, Polônia, junho de 2016
Soldados poloneses e norte-americanos durante exercícios conjuntos Anakonda 16 perto de Torun, Polônia, junho de 2016 - Sputnik Brasil
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É pouco provável que os Estados Unidos reduzam a sua presença militar na Europa porque ela é o instrumento mais eficaz para controlar o continente, para além da África do Norte, do Oriente Médio e da Ásia Central.

Além disso, as rotas de comércio no Atlântico permitem um fluxo de $4 bilhões (R$13 bilhões) anualmente, disse à Rádio Sputnik o analista político Andrei Koshkin.

"A configuração geopolítica leva os Estados Unidos a se manterem na Europa como em nenhuma outra parte do mundo", disse ele.

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"Esta presença permite a Washington controlar a África do Norte, o Médio Oriente e a Ásia Central, para além das rotas comerciais através do Atlântico que por si mesmas geram mais de $4 bilhões [R$13 bilhões] por ano."

Para os EUA, a única maneira de controlar os aliados europeus é estar presente na região, acrescentou o analista. O fato de Washington assegurar a maior parte do orçamento militar da OTAN não é suficiente.

"A presença física nos países e exercícios militares conjuntos são um mecanismo eficiente que obriga a Europa a obedecer aos EUA", disse ele.

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Koshkin também comentou a presença de Washington na Ásia. Ele ressaltou que, mesmo quando os EUA diminuíram a sua presença militar em algum lugar do mundo, tais cortes não afetaram as capacidades do Pentágono na região do Pacífico.

"Os Estados Unidos querem expandir a OTAN para esta região porque isto oferece ao bloco novas capacidades", disse ele.

O analista vê isso como uma estratégia de longo prazo de Washington, que não será afetada pelas eleições presidenciais de novembro.

"É pouco provável que alguma coisa vá mudar quando o próximo presidente dos EUA chegar ao poder. Esta estratégia será expandida e incluirá as necessárias novas instalações militares, fluxos financeiros  e novos acordos. Isso vai ajudar a expandir a OTAN para o Pacífico, porque a ascensão da Rússia e da China é uma questão de grande preocupação para os EUA", disse ele.

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