A Parada da Vitória de 2020, comemorativa do 75º aniversário do triunfo da URSS na Segunda Guerra Mundial e realizada na quarta-feira (24), foi um sucesso, comentou Viktor Baranets, coronel aposentado e colunista do jornal Komsomolskaya Pravda.
"A parada me pareceu solene, majestosa e poderosa. Não se trata de um chocalhar de armas, é uma homenagem à memória da grande vitória e dos vencedores", disse Baranets à Sputnik Mundo.
O ex-militar referiu que as tropas percorreram mais de 1.000 quilômetros em preparação para a parada e que os soldados russos foram acompanhados por representantes de 13 países, incluindo países com tensões mútuas, tais como Índia e China ou Azerbaijão e Armênia, no que pode representar sinais de "reconciliação".

Nisso a parada contrasta com o tom dos países ocidentais, que ele diz estarem fazendo "todo tipo de insinuações sobre quem desempenhou o papel decisivo na derrota da Alemanha nazista e seus satélites".
"Nunca antes a nossa parada foi tão violenta e ferozmente atacada pelo Ocidente. A tendência global hoje é politizar tudo o que acontece na Rússia sob um ângulo agressivo, e essa não é a melhor forma de fomentar as relações internacionais."
"Muitos dos países convidados da OTAN viraram as costas à nossa parada", lamenta.
Armas exibidas na parada
Sobre a parada, Baranets diz que "muitos elementos desta parada repetiram a parada de 24 de junho de 1945".
"Este elemento histórico mostrou a continuidade de gerações. Houve mais de 12 companhias [formações militares] históricas que trajaram exatamente o mesmo uniforme militar com que nossos avós e pais desfilaram em 1945, e com as mesmas armas.
"Nesta parada, a Rússia mostrou 95% das melhores armas de que dispõe o Exército russo. Nossos cientistas, engenheiros e tecnólogos foram capazes de criar os melhores tipos de armas."

Entre as novidades, o especialista destacou "o ímpar sistema múltiplo de foguetes Tornado-S, que é superior a todos os sistemas anteriores e não tem igual no mundo". Ele é, de fato, um dos melhores sistemas do mundo, acrescentou.

"Mostramos nossas principais forças blindadas, [os] tanques T-72 e T-90 modernizados, que melhoraram significativamente suas características táticas e técnicas."
Baranets também destacou os veículos de engenharia de colocação remota de minas e os de remoção remota de minas, que seguiam atrás.
"O tanque Armata está passando por testes finais. Ninguém mais tem tais tanques."
Segundo Baranets, "não há veículo de combate igual ao Kurganets-25", que passou pela Praça Vermelha pela primeira vez.

O especialista também comentou os sistemas de defesa antiaérea que apareceram na parada.

"Enquanto o S-400 tem quatro tubos de lançamento, o [S-350] Vityaz tem muitos canos, logo 12."
De acordo com Viktor Baranets, a arma consegue neutralizar qualquer ataque aéreo.
"É um sistema de alta tecnologia que, podemos até dizer, tem inteligência, pois é capaz de determinar os alvos prioritários para serem atingidos."
"Se falarmos de sistemas de defesa antiaérea da Rússia e de outros países, a Rússia ocupa aqui certamente o primeiro lugar", afirma. "No setor de exportação da Rússia, os sistemas de defesa antiaérea e a aviação ocupam o primeiro lugar [...] Quase que começa uma briga para ver quem vai conseguir obter esses sistemas primeiro. Inclusive a Índia está nos pressionando para vendermos o S-400 o mais rápido possível."

Uma das estreias da parada foi o sistema de lança-chamas pesado TOS-2 Tosochka.
"Qualquer coisa que seja atingida pelos projéteis do Tosochka se transforma em brita. O TOS-2 é uma arma para cobertura de áreas, não é uma arma de precisão."
"Nós mostramos não só o repertório tradicional dos nossos melhores armamentos e mais poderosos, incluindo, claro, os mísseis intercontinentais Yars, mas também o aumento de novas armas, ou seja, a dinâmica de crescimento do nosso potencial de combate."
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