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Eurodeputados querem 'opção linha dura' contra Lei de Redução da Inflação dos EUA

© AP Photo / Alberto PezzaliBandeira da União Europeia tremula do lado de fora do Parlamento, em Londres, Reino Unido, quarta-feira, 19 de outubro de 2022
Bandeira da União Europeia tremula do lado de fora do Parlamento, em Londres, Reino Unido, quarta-feira, 19 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 04.12.2022
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Em entrevista ao jornal Berliner Morgenpost, parlamentares europeus tecem duras críticas à lei aprovada pela gestão Biden, que ameaça desencadear uma guerra comercial entre EUA e Europa.
Os eurodeputados Markus Ferber e Bernd Lange pediram uma postura dura da Europa em relação à Lei de Redução da Inflação aprovada pela gestão do presidente americano, Joe Biden.
Segundo noticiou o jornal alemão Berliner Morgenpost, a lei ameaça desencadear uma guerra comercial entre EUA e Europa.
Ferber, do Partido Popular Europeu, disse ser "a favor de uma linha dura" contra os EUA. Em sua opinião, a Comissão Europeia terá de "colocar todos os instrumentos de tortura sobre a mesa" e pensar em intensificar as medidas de proteção ao comércio, diante da polêmica lei de Washington. "Esta seria, certamente, uma opção nuclear e, na situação atual, é completamente indesejável", disse ele.
O parlamentar destacou que a decepção com o rumo protecionista de Washington é grande, e a lei aprovada nos EUA ameaça agravar ainda mais a já difícil situação econômica da Europa.
Por sua vez, Lange, chefe do Comitê de Comércio do Parlamento Europeu, exigiu que as autoridades da União Europeia (UE) entrem com uma ação contra os EUA na Organização Mundial do Comércio (OMC) o mais rápido possível. "Isso nos permitirá expor que as ações dos EUA claramente não são compatíveis com as regras da OMC", disse ele ao Berliner Morgenpost.
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Ao mesmo tempo, ele expressou a opinião de que durante a próxima cúpula do Conselho de Comércio e Tecnologia EUA-UE, algumas pequenas mudanças na lei poderiam ser acordadas, mas nada mudaria significativamente.
Como a Bloomberg noticiou anteriormente, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, recusou-se a visitar os EUA para participar da cúpula EUA-UE, porque a reunião não dá atenção suficiente aos problemas que preocupam os líderes europeus. Como observa a agência, em Bruxelas e em outras capitais europeias, ultimamente, a insatisfação com a lei americana de redução de inflação é visível.
A lei aprovada pela gestão de Biden em agosto prevê, em especial, a ampliação dos subsídios fiscais para a compra de veículos elétricos que sejam montados na América do Norte. O documento, que o governo chama de Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), aloca US$ 370 bilhões para energia limpa e metas climáticas e US$ 64 bilhões para reduzir o custo de medicamentos e seguros de saúde.
A UE teme que a lei faça os fabricantes europeus se mudarem para os EUA, por isso o bloco quer isenções, como as já concedidas ao Canadá e ao México. As tensões econômicas transatlânticas aumentaram à medida que as economias europeias sofreram um duro golpe depois que Bruxelas e Washington impuseram sanções à Rússia em resposta à operação militar especial na Ucrânia.
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