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União Europeia não segue 'cegamente os EUA', quer continuar laços com a China, diz colunista

© AP Photo / Andy WongAs bandeiras da União Europeia e da China
As bandeiras da União Europeia e da China - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2022
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Um artigo publicado no jornal South China Morning Post referiu que os países europeus estão tomando várias ações de aproximação a Pequim, apesar da vontade de Washington.
Os países europeus não estão seguindo a mesma política de "linha dura" dos EUA com a China, por serem pragmáticos, de acordo com uma coluna publicada nesta sexta-feira (25) no jornal South China Morning Post (SCMP).
Como exemplo, o colunista Alex Lo referiu a visita à China de Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, no início do mês, e que também aproveitou para falar com Xi Jinping, presidente chinês, na cúpula do G20 em Bali, Indonésia. Ele veio com empresários de grandes empresas alemãs como BMW, Volkswagen, Siemens e BASF.
Para o autor do artigo, isso revelou coragem em meio às críticas de Robert Habeck, ministro de Assuntos Econômicos e Ação climática, e Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha, ambos do Partido Verde. Eles afirmaram "não ter mais ingenuidade" em relação à China e resistir a sua "chantagem".
"Que chantagem? Na opinião deles, a Alemanha está 'aumentando nossa dependência da China'. Não, isso é chamado de interdependência econômica! Claro, podemos todos voltar à autarquia e matar a globalização e o comércio mundial. Sem dúvida, isso estaria de acordo com a ideologia dos partidos verdes em toda a Europa. Mas quem está sendo ingênuo?", questionou Lo, citando também o exemplo do investimento da chinesa Cosco no porto de Hamburgo, Alemanha, apesar da oposição ministerial.
Além disso, nota o SCMP, os líderes da Espanha, França, Itália e Países Baixos também falaram individualmente com Xi Jinping durante a cúpula do G20. Em particular, Liesje Schreinemacher, ministra do Comércio Estrangeiro holandesa, referiu que seu governo decidirá a política de venda da engrenagem de chips da empresa ASML à China, para "protegermos nossos próprios interesses".
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"Se colocarmos isso em uma cesta da UE e negociarmos com os EUA e, no final, acabarmos entregando máquinas litográficas ultravioletas profundas para os EUA, estamos em pior situação", avaliou ela. Uma posição de equilíbrio semelhante foi expressa por Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia, apesar de reconhecer que "os Estados Unidos são o nosso aliado mais importante", e também pelos líderes francês e espanhol Emmanuel Macron e Pedro Sánchez.
"Não acreditamos na hegemonia, não acreditamos no confronto, acreditamos na estabilidade", disse Macron em um fórum de CEO da Apec.
Alex Lo também mencionou a visita em breve a Pequim de Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.
"Um descongelamento ou não, [ela] aponta para uma crescente prontidão do bloco em perseguir uma postura política mais independente e racional em relação à China, em oposição a seguir cegamente os EUA", concluiu o colunista.
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