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Portugal criará grupo de trabalho para analisar e devolver tesouros às ex-colônias, incluindo Brasil

© AP Photo / Armando FrançaUma jovem posa para uma foto no Padrão dos Descobrimentos, um monumento de 1960 às descobertas portuguesas no rio Tejo em Lisboa (foto de arfquivo)
Uma jovem posa para uma foto no Padrão dos Descobrimentos, um monumento de 1960 às descobertas portuguesas no rio Tejo em Lisboa (foto de arfquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 25.11.2022
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De acordo com ministro da Cultura português, o trabalho será feito por museólogos e acadêmicos, e não será aberto ao público, uma vez que pode "abrir feridas e trazer desconforto".
Nesta sexta-feira (25), o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciou que Portugal fará um inventário de tesouros sob seu poder para devolvê-los às ex-colônias, segundo o jornal O Globo. Durante a expansão marítima portuguesa nos séculos XV e XVI, os portugueses exploraram riquezas do Brasil e de outras 14 colônias na África e na Ásia.
O ministro prometeu criar um grupo de trabalho para elaborar a lista e sublinhou que será um detalhado processo de levantamento realizado com ajuda de acadêmicos e diretores de museus.
Segundo ele, a discussão pode "abrir feridas com raízes históricas e causar desconforto". Assim, Silva descarta um escrutínio público.
"A forma eficaz para tratar este tema é com reflexão, discrição e alguma reserva. A pior forma de tratar este tema é criar um debate público polarizado, não contem comigo para isso. É preciso um trabalho que envolva os museus e a academia de uma inventariação mais fina, e posso garantir que esse trabalho será feito", disse Silva, citado pela mídia.
De acordo com o jornal, as feridas estão mesmo expostas. Em 2021, o monumento Padrão dos Descobrimentos, localizado em Belém, foi pichado com a frase: "Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate."
O monumento exalta colonizadores e a navegação que abriu caminho para a expansão e domínio territorial em outros continentes.
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