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Austrália diz que está tentando 'estabilizar' laços bilaterais com Pequim

© AP Photo / Alex BrandonO vice-primeiro-ministro da Austrália e ministro da Defesa Richard Marles fala durante uma reunião com o secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin no Pentágono, Washington, 13 de julho de 2022
O vice-primeiro-ministro da Austrália e ministro da Defesa Richard Marles fala durante uma reunião com o secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin no Pentágono, Washington, 13 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2022
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A China apresentou à Austrália uma lista de quatro demandas para "redefinir" relações: tratar Pequim como "parceira em vez de rival", buscar um "terreno comum" em questões, construir "apoio público com positividade e pragmatismo" e rejeitar "manipulação por terceiros", uma provável referência aos Estados Unidos.
O vice-primeiro-ministro australiano Richard Marles diz que o governo trabalhista em Camberra vem tentando "estabilizar" os laços bilaterais com seu maior parceiro comercial, Pequim, já que os ministros das Relações Exteriores dos dois países devem manter conversas à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em Nova York.
Marles, que também é o ministro da Defesa, sublinhou durante uma coletiva de imprensa em Camberra que o tom dos laços bilaterais sob o atual governo australiano seria diferente do que era sob a coalizão liberal anterior, que chegou ao ponto de pedir "preparativos de guerra" com Pequim antes das eleições federais em maio.
Marles observou que, embora Camberra estivesse aberta a se envolver construtivamente com a China, o governo ainda continuaria a defender seu "interesse nacional".
"Mas fazer avançar nosso interesse nacional é garantir que estamos nos envolvendo com o mundo de maneira profissional, sóbria e diplomática, e isso significa estabilizar nosso relacionamento com a China", afirmou Marles em um golpe velado no último governo.
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Ele observou ainda que uma provável reunião entre a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à margem da AGNU, deve ser vista como parte de um "processo buscando estabilizar o relacionamento com a China".
Enquanto isso, a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Wong, que agora está nos EUA, disse a repórteres que os arranjos para uma reunião entre ela e o conselheiro de Estado chinês Wang estavam sendo "finalizados".
A reunião, se ocorrer, vai ser o segundo encontro presencial desde que o governo trabalhista chegou ao poder e teria sido procurado por Camberra.
Também seria o primeiro contato de alto nível entre os dois países desde as tensões militares no estreito de Taiwan, alimentadas pela visita da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan no mês de agosto.
Wong se recusou a caracterizar Pequim como uma "ameaça estratégica", ao contrário dos outros parceiros de Camberra, Japão e Reino Unido.
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"O que diríamos da perspectiva da Austrália é que temos interesse em trabalhar com outros para garantir um equilíbrio estratégico. Queremos uma região em que a soberania seja respeitada, onde regras e normas possam gerir disputas, não apenas o poder e tamanho. Queremos uma região que não seja hegemônica", observou Wong.
Os laços bilaterais atingiram um ponto baixo sob a liderança do ex-primeiro-ministro Scott Morrison depois que ele pediu uma investigação independente sobre as origens da COVID-19 em 2020.
Em agosto passado, a Austrália, o Reino Unido e os EUA revelaram o acordo trilateral AUKUS, que Pequim diz que pretende incitar uma "corrida armamentista" na região da Ásia-Pacífico. Enquanto isso, a China e as Ilhas Salomão anunciaram um acordo de cooperação de segurança em abril, levando a preocupações de segurança em Camberra.
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