Após ciberataques, EUA impõem sanções a pessoas e entidades do Irã

Nesta quarta-feira (14), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a imposição de sanções a dez pessoas e duas entidades do Irã devido a um suposto envolvimento com ataques cibernéticos.

A decisão foi anunciada em um comunicado pelo governo norte-americano, que aponta que as sanções são parte de uma série de ações do Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro com o objetivo de "proteger pessoas dos EUA de atos de ransomware".

O ransomware é um tipo de ataque cibernético no qual ocorre o sequestro de dados por meio de criptografia vinculada a uma posterior exigência de resgate.

"Hoje o Gabinete de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro sancionou dez indivíduos e duas entidades por seus papéis na condução de atos cibernéticos maliciosos, incluindo atividades de ransomware", aponta o documento.

Bandeira do Irã tremula em frente à sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em Viena, na Áustria, em 24 de maio de 2021

© AP Photo / Florian Schroetter

O texto também afirma que os indivíduos e entidades sancionados pelos EUA são todos filiados ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês). Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, agentes cibernéticos do IRGC têm comprometido as redes dos EUA com atividades de ransomware e espionagem desde pelo menos 2020.

O grupo teria lançado campanhas contra o corpo diplomático e de defesa norte-americano nos EUA e no Oriente Médio. Os ciberataques também teriam afetado meios de comunicação privados, o setor de energia e serviços de telecomunicações.