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Escândalo na Alemanha: ministra Baerbock é muito criticada por posicionamento sobre Ucrânia

© AFP 2023 / Michal Cizek Ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, responde às perguntas de jornalistas antes da reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia, 31 de agosto de 2022, Praga, República Tcheca
Ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, responde às perguntas de jornalistas antes da reunião informal dos chefes da diplomacia da União Europeia, 31 de agosto de 2022, Praga, República Tcheca - Sputnik Brasil, 1920, 02.09.2022
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Representantes dos partidos alemães União Democrata-Cristã, A Esquerda e Alternativa para a Alemanha criticaram as palavras de sua ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock. Nas vésperas, a política afirmou estar disposta a apoiar a Ucrânia o quanto for necessário, independentemente do que os seus eleitores pensem.

"Se eu prometi para as pessoas da Ucrânia que nós estaríamos com elas o quanto fosse necessário, então quero manter essa promessa. Não importa o que os meus eleitores alemães pensam, eu quero manter a promessa para as pessoas da Ucrânia", disse Baerbock ao discursar em Praga.

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Nesse contexto, a ministra passou a ser criticada pela oposição. Assim, a deputada do Bundestag (parlamento alemão) e ex-líder da coligação parlamentar do partido A Esquerda, Sahra Wagenknecht, chamou as expressões de Baerbock de "erradas" e "perigosas para a Alemanha".

"A ministra das Relações Exteriores, que afirma representar os interesses dos eleitores ucranianos, em vez dos eleitores alemães, e que rejeita as negociações para terminar a guerra em prol dos interesses do governo dos EUA, representa um erro ultrajante e perigoso para o nosso país", escreveu a deputada na sua conta no Twitter.

Ao mesmo tempo, a deputada do Bundestag do partido A Esquerda, Sevim Dagdelen, salientou na sua conta que 77% dos cidadãos alemães exigem negociações para pôr fim aos combates militares na Ucrânia.

"A ministra das Relações Exteriores, que rejeita a diplomacia e demonstra o desprezo em relação a todos que protestam contra os efeitos das suas sanções loucas e que diz 'A Ucrânia está acima de tudo, enquanto os cidadãos não importam', é um fracasso total", escreveu Dagdelen.

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O representante da União Democrata-Cristã, Norbert Rottgen, aconselhou a ministra, em vez de reformas dolorosas, a escolher uma boa argumentação.

"Estimada senhora Baerbock, isso é abuso desnecessário de heroísmo. A maioria dos alemães está disposta a seguir apoiando a Ucrânia. Os políticos democráticos devem convencer outros com bons argumentos, não com a palavra 'basta'", disse o deputado em sua conta no Twitter.

Além disso, a copresidente da Alternativa para a Alemanha, Alice Weidel, sublinhou em sua conta no Twitter que "estamos em um momento em que é necessária a renúncia da ministra das Relações Exteriores Baerbock".

"Alguém que não se importa em nada com os interesses dos eleitores alemães jamais pode ocupar o cargo de ministro. Precisamos de um ministro das Relações Exteriores diplomático, que vai defender os interesses dos cidadãos alemães e se manifestar a favor de negociações e paz entre a Rússia e a Ucrânia", disse Weidel.

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Em 1º de setembro, a hashtag #BaerbockRuecktritt (Baerbock deve renunciar) foi um dos assuntos mais populares na Alemanha, de acordo com o portal trends24.
Contudo, nesse contexto, o representante oficial do ministério das Relações Exteriores alemão, Peter Ptassek, acusou as forças pró-russas do desencadeamento do conflito interno.
O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, chamou na quinta-feira (1º) as palavras de Baerbock de "uma confissão fantástica", que "serve para as conversas sobre a necessidade de realizar em uma série de países europeus as eleições antecipadas".
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