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American Conservative: declarando Rússia patrocinadora do terrorismo, EUA provocarão grave confronto

© Sputnik / STRINGERPresidente norte-americano, Joe Biden, com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, e o presidente finlandês, Sauli Niinisto, durante declaração conjunta para a imprensa após reunião na Casa Branca
Presidente norte-americano, Joe Biden, com a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, e o presidente finlandês, Sauli Niinisto, durante declaração conjunta para a imprensa após reunião na Casa Branca - Sputnik Brasil, 1920, 12.08.2022
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Caso Joe Biden concorde com as exigências de Vladimir Zelensky de declarar a Rússia país patrocinador do terrorismo, o mundo ficará perante um grave confronto, afirmou o assessor do ex-presidente norte-americano Ronald Reagan, Doug Bandow, no seu artigo para o portal The American Conservative.
Na opinião de Bandow, o principal problema é o fato de Moscou na realidade não patrocinar o terrorismo, ao contrário dos próprios Estados Unidos e de seus aliados.
O colunista lembrou que Washington ajudou a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos contra o Iêmen, enquanto a administração do 43º presidente norte-americano George Bush invadiu o Iraque sob um pretexto rebuscado, provocando um conflito que causou centenas de milhares de mortes entre civis.
Bandow enumerou as consequências econômicas e políticas do eventual reconhecimento da Rússia como patrocinador estatal do terrorismo.

"Primeiro, prejudicaria nossas relações com outras nações que lidam com a Rússia. Washinton enfrentaria de imediato os países europeus, que ainda estão conduzindo negociações com Moscou sobre as questões da energia. Além disso, tendo em conta a recusa da maior parte do mundo, fora a América, a Europa e os aliados dos EUA na Ásia, de impor sanções contra a Rússia, [...] Washington pode ficar em uma situação em que a batalha financeira estará por todo o lado. É provável que nessa questão os países do Sul se unam. Há muito tempo estão fartos da hipocrisia norte-americana", defendeu o especialista.

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Ainda assim, o autor afirmou que a consequência mais perigosa de tal passo por parte dos EUA seria o colapso de qualquer possibilidade de negociações entre a Rússia, a Ucrânia e os países do Ocidente e que as consequências iriam desde o fim da discussão dos assuntos humanitários até o rompimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos.

"Certos apoiantes da ideia de declarar a Rússia como patrocinador estatal do terrorismo parecem não dar atenção às consequências reais de tal decisão. Segundo eles, trata-se de mais uma forma de expressar a solidariedade com Kiev. Mas o Congresso poderia conseguir isso através da aprovação de uma resolução. O presidente poderia emitir uma proclamação de amizade eterna [com a Ucrânia]. Infelizmente, a declaração da Rússia como Estado terrorista vai dificultar ainda mais as negociações sobre a resolução do conflito. Os únicos beneficiários seriam aqueles no Ocidente que esperam lutar contra a Rússia até o último ucraniano", afirmou.

Em janeiro, o republicano Jim Banks apresentou um novo projeto das sanções contra Moscou. Segundo o The Washington Post, isso implicaria, entre outras coisas, qualificar as forças "apoiadas pela Rússia" de Donbass como terroristas, declarando a própria Rússia país patrocinador do terrorismo.
O deputado da Duma de Estado russa Dmitry Belik, membro do Comité de Assuntos Internacionais, disse à Sputnik que, neste caso, a resposta por parte de Moscou será simétrica: a Rússia mantém o direito de romper as relações diplomáticas com os países que se juntarem a tais sanções.
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