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MRE chinês critica Japão por seu posicionamento sobre armas nucleares dos EUA

© AP Photo / Liu ZhengO porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, gesticula durante briefing diário em Pequim, em 22 de julho de 2020
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, gesticula durante briefing diário em Pequim, em 22 de julho de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 08.08.2022
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O Japão é o único país no mundo que sofreu um ataque nuclear. Ainda assim, Tóquio tem se aproveitado do "guarda-chuva nuclear" americano e se manifestado contra a ideia de Washington se recusar das políticas de usar armas nucleares primeiro, afirmou na segunda-feira (8) o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin.
Anteriormente, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, ao discursar no sábado (6) em uma cerimônia em homenagem às vítimas do bombardeamento em Hiroshima, disse que a tragédia de Hiroshima nunca mais deve se repetir. Segundo Kishida, trata-se da "responsabilidade do Japão como único país a sofrer bombardeamentos atômicos".

"Sendo o único país que sofreu um ataque nuclear, o Japão há muito tempo se considera 'um aluno exemplar' no campo do desarmamento nuclear internacional e não proliferação de armas nucleares, manifestando-se a favor de um mundo sem armamento nuclear. Contudo, na realidade, o Japão tem sempre se aproveitado do 'guarda-chuva nuclear' norte-americano, sendo contra a ideia de os EUA se recusarem a usar armas nucleares primeiro", defendeu o diplomata.

Wenbin salientou que certos políticos japoneses até apelam para "usar armas nucleares junto com os EUA", afirmando que o deslocamento do equipamento nuclear do Japão não deve ser um tabu.
"O governo japonês, além de incentivar as discussões acima mencionadas, excluiu a formulação 'três princípios não nucleares' do seu relatório na 10 ª conferência do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares [TNP]. De maneira inconsciente, a gente faz uma pergunta: quais são as intenções do Japão? Será que as declarações do Japão no campo de desarmamento nuclear e não proliferação das armas nucleares correspondem às suas ações?", destacou.
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Wang Wenbin salientou que a China "apela para que o Japão, que não é um Estado possuidor de armas nucleares participante do TNP, cumpra em boa fé as suas obrigações internacionais de não proliferação das armas nucleares, respeite firmemente os compromissos assumidos de acordo com os 'três princípios não nucleares' e não elabore e não importe armamento nuclear".
Wenbin também apelou para o Japão em prática contribuir de forma apropriada para conseguir "um mundo sem armas nucleares".
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP, em vigor desde 1970) estabeleceu que só cinco países possuem armas nucleares – a União Soviética, EUA, Reino Unido, França e China. Assim, foi proibido elaborar armamento nuclear para outros países do mundo. Os cinco países nucleares assumiram o compromisso de não entregar as suas armas nucleares a outros países e não ajudá-los a elaborá-las, enquanto outros Estados participantes se responsabilizaram a não colocar no seu território e não criar bombas atômicas.
Em agosto de 1945, pilotos norte-americanos lançaram bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Como resultado da expulsão nuclear e das suas consequências, em Hiroshima, de uma população de 350 mil pessoas, 140 mil morreram, enquanto em Nagasaki 74 mil pessoas morreram. A maioria esmagadora das vítimas do bombardeamento nuclear correspondia a civis. Por ocasião dos 77 anos dos acontecimentos trágicos de 6 e 9 de agosto em Hiroshima e Nagasaki, anualmente são realizadas "cerimônias de paz".
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