A 10 minutos do cessar-fogo, Exército israelense ataca instalações da Jihad Islâmica

A 10 minutos do cessar-fogo, o exército israelense continuou a atacar instalações da Jihad Islâmica na Palestina, na noite deste domingo (7), informaram serviços de imprensa locais.

Um pouco mais cedo, a Jihad Islâmica e o serviço de imprensa do primeiro-ministro israelense confirmaram que a trégua entraria em vigor às 23h30, no horário local (às 17h30 de Brasília).

"Neste momento, as Forças de Defesa de Israel [FDI] estão atacando alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Jihad Islâmica", diz o comunicado do serviço militar israelense, a poucos instantes do prazo para o fim das agressões.

Menos de meia hora antes do cessar-fogo, as sirenes continuavam soando ao sul de Israel, segundo o serviço de imprensa do Exército.

O cessar-fogo estava previsto para começar às 20h no horário local (às 14h em Brasília), segundo informou mais cedo a agência Reuters, citando uma autoridade palestina. Israel concordou com a trégua em Gaza proposta por mediadores egípcios.

Porém, devido à continuidade de ataques de mísseis da Jihad Islâmica a poucos minutos do início do cessar-fogo, o acordo foi adiado por três horas e meia.

Escombros de um edifício em que Khaled Mansour, um dos líderes da Jihad Islâmica na Palestina, morreu após ataque aéreo israelense, segundo o movimento, no sul da Faixa Gaza, em 7 de agosto de 2022. Foto de arquivo

© AFP 2023 / Said Khatib

Neste domingo (7), o Ministério da Saúde do enclave palestino informou que o número de mortos por ataques aéreos israelenses em Gaza é de 41, indicando que entre as vítimas estão 15 crianças e quatro mulheres. Ao todo, são 311 feridos.

As Forças de Defesa de Israel lançaram a operação Amanhecer contra o movimento Jihad Islâmica na Faixa de Gaza na sexta-feira (5), realizando ataques com mísseis, inicialmente matando 10 pessoas e ferindo mais de 50, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Após os bombardeios, a Jihad Islâmica na Palestina retaliou lançando um ataque com mísseis a Tel Aviv. Israel decretou estado de emergência e, desde então, tem repelido mísseis e lançado novos ataques à Faixa de Gaza.