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UE aprova definitivamente regulamentação para redução de 15% na demanda por gás

© Sputnik / Aleksei Vitvitsky / Acessar o banco de imagensVálvulas de tubulação do gasoduto Gazela, que transporta gás russo para a União Europeia, entre a República Tcheca e a Alemanha, em 23 de novembro de 2021
Válvulas de tubulação do gasoduto Gazela, que transporta gás russo para a União Europeia, entre a República Tcheca e a Alemanha, em 23 de novembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 05.08.2022
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Medida visa garantir o fornecimento de energia na União Europeia (UE) diante da possibilidade de cortes no abastecimento de gás russo, apontaram membros do Conselho Europeu.
O Conselho Europeu adotou nesta sexta-feira (5) um regulamento para a redução voluntária da demanda por gás natural em 15% durante o próximo inverno no hemisfério europeu para garantir o fornecimento de energia diante da possibilidade de cortes no fornecimento de gás russo.
A diminuição da demanda vai ser especificada com base no consumo médio de cada um dos Estados-membros nos últimos cinco anos e estará vigente entre 1º de agosto de 2022 e 31 de março de 2023.
"Enquanto todos os Estados-membros farão o possível para cumprir as reduções, o Conselho especificou algumas isenções e possibilidades de aplicação de uma isenção parcial ou, em alguns casos, total da meta de redução obrigatória, com o objetivo de refletir as situações dos Estados-membros e garantir que as reduções de gás sejam eficazes para aumentar a segurança do fornecimento na UE", explica o comunicado.
As nações que não estão interligadas com as redes de gás de outros membros do bloco comunitário não estão sujeitas à redução obrigatória. Da mesma forma, os países cujos sistemas elétricos não estejam sincronizados com o europeu, que dependam mais do gás para a produção de eletricidade e não estejam sincronizados com a rede de um país terceiro, vão estar isentos. Desta forma, pretende-se "evitar o risco de uma crise de abastecimento de eletricidade".
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Além disso, as nações da comunidade podem limitar a redução fixada em 15% nos seguintes casos:
Se tiverem interconexões limitadas com outros membros e puderem demonstrar que suas capacidades de exportação e infraestrutura doméstica de gás liquefeito são usadas para redirecionar o hidrocarboneto para outros membros, tanto quanto possível;
Se eles excederam suas metas de armazenamento dos depósitos de gás;
Se eles dependem fortemente do gás como combustível para indústrias críticas;
Esses Estados também podem usar um método de cálculo diferente se o uso de gás aumentou pelo menos 8% no ano passado, em comparação com os dados médios dos últimos cinco anos.
No entanto, o regulamento, aprovado em 26 de julho, estipula que o Conselho Europeu pode declarar "um alerta da união" sobre a segurança do abastecimento. Em um cenário semelhante, "a redução da demanda por gás seria obrigatória", alertou o conselho.
A proposta inicial da Comissão Europeia, gerou rejeições por parte dos governos da Grécia, Portugal e Espanha, entre outras nações.
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O regulamento chega em um momento em que a gigante russa de energia Gazprom teve que reduzir significativamente as entregas de gás através do gasoduto Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) devido a uma série de problemas técnicos. Em meados de junho a empresa reduziu o fluxo de gás em cerca de 60% devido a um problema com a reparação de uma turbina da empresa Siemens que ficou retida no Canadá por conta das sanções ocidentais. Após semanas de negociações, o país finalmente concordou em enviar a unidade para a Alemanha para que a transportasse para Rússia.
Posteriormente, entre os dias 11 e 21 de julho, a interrupção do serviço foi total devido à manutenção anual programada segundo comunicado da empresa russa.
Mais tarde, no dia 25 de julho, a Gazprom anunciou que iria interromper a operação de outra turbina Siemens na mesma estação de compressão a partir do dia 27 de julho. A capacidade diária permaneceria, no máximo, em 33 milhões de metros cúbicos, metade dos atuais 67 milhões.
A Rússia argumenta que as sanções econômicas impostas pela UE e outros atores internacionais dificultam as operações de manutenção dessas infraestruturas, enquanto políticos e a imprensa ocidental culpam Moscou por usar a energia "como arma" para "chantagear" Bruxelas. No entanto, a crise energética no bloco europeu tornou-se aparente já no primeiro semestre de 2021, quando os Estados-membros esgotaram suas reservas de gás, após um inverno relativamente frio, como consequência os preços dispararam.
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