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Equipe de Joe Biden revela nova estratégia dos EUA para a África

© AP Photo / Alfred de MontesquiouEm Kita, no Mali, soldados de elite malinenses participam de exercícios militares conjuntos com forças especiais dos Estados Unidos, em 10 de maio de 2010
Em Kita, no Mali, soldados de elite malinenses participam de exercícios militares conjuntos com forças especiais dos Estados Unidos, em 10 de maio de 2010 - Sputnik Brasil, 1920, 05.08.2022
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O governo de Joe Biden, dos EUA, está prestes a revelar uma nova estratégia para a África.
Espera-se que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apresente nos próximos dias a nova estratégia dos EUA para a África durante uma visita ao continente, que inclui paradas na África do Sul, na República Democrática do Congo e em Ruanda.
Enquanto isso não acontece, o portal Foreign Policy informou, citando fontes do governo, que o plano dos EUA para o continente africano passa principalmente pela elaboração de estratégias para competir por influência com rivais geopolíticos, como China e Rússia.
A nova estratégia coincide com uma mudança de pessoal dentro da Casa Branca, disseram atuais e ex-funcionários. Judd Devermont, um ex-funcionário da CIA que se juntou ao Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) como consultor especial para ajudar a criar a estratégia, foi promovido a diretor sênior do NSC para assuntos africanos.
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A estratégia tem vários objetivos abrangentes, de acordo com funcionários e diplomatas informados sobre o assunto, "incluindo o fortalecimento da democracia, governança e segurança; foco na recuperação da pandemia e oportunidade econômica; abordar a crise climática e uma transição energética justa para o continente; e promover sociedades abertas".
Autoridades do governo dizem que um dos principais objetivos da nova estratégia é aumentar o foco e o financiamento na diplomacia e no desenvolvimento, em um esforço para se afastar do engajamento militar em partes da África, particularmente na região do Sahel.
A ênfase nas parcerias militares, diz a publicação, levou os Estados Unidos a cooperar estreitamente com regimes autocráticos e frágeis, "deixando os direitos humanos e as prioridades de governança democrática definharem, enquanto os grupos terroristas só ganharam terreno em partes da África Ocidental".
Essa crítica ganhou força no Capitólio, onde legisladores estão pedindo ao governo Biden que direcione os recursos dos EUA na região do Sahel para longe de um foco militar. O senador Bob Menendez, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse em uma audiência recente que "apesar de todos os nossos esforços [no Mali], temos muito pouco de positivo para mostrar".
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A nova estratégia também será anunciada em um momento em que Washington está lutando para combater os esforços russos e chineses para fortalecer sua própria influência geopolítica em todo o continente.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, embarcou em uma viagem pelo continente no fim do mês passado, mostrando como o Ocidente falhou em isolar Moscou no cenário mundial após a operação militar especial iniciada na Ucrânia. Essa impressão também foi relatada por uma colunista da Bloomberg.
Em comentários sobre a sua viagem, Lavrov disse que "Rússia e África estão trabalhando para reduzir a participação do dólar e do euro no comércio". O ministro russo e seus anfitriões discutiram a cooperação russo-africana em áreas que vão desde energia nuclear e comércio até apoio técnico-militar.
Vale lembrar que até agora os Estados Unidos e seus aliados ocidentais têm lutado para conseguir que países africanos apliquem sanções econômicas contra a Rússia.
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