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Mundo vive a maior tensão geopolítica desde a Crise dos Mísseis, diz secretário-geral da ONU

© AP Photo / Yuki IwamuraO secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, faz comentários antes da conferência de revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, faz comentários antes da conferência de revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares - Sputnik Brasil, 1920, 01.08.2022
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António Guterres destaca que há 13 mil armas nucleares no mundo, "em um momento em que os riscos de proliferação aumentam".
Em seu discurso na Décima Conferência de Revisão do Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares, iniciada nesta segunda-feira (1º), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou que a humanidade está a um erro de cálculo de sofrer aniquilação nuclear.
"Tivemos uma sorte extraordinária até agora. Mas a sorte não é estratégia nem escudo para impedir que as tensões geopolíticas se degenerem em conflito nuclear", disse Guterres.
Guterres alertou que o mundo atravessa um período de forte estresse desencadeado pela devastação econômica e humanitária gerada pela pandemia de COVID-19. Ele citou ainda a crise climática, as profundas desigualdades econômicas e as violações aos direitos humanos.
Ele acrescentou que o conflito envolvendo Rússia e Ucrânia elevou as tensões geopolíticas a níveis não observados desde a crise dos mísseis, em 1962, na Guerra Fria. Na época, a população mundial, polarizada entre Estados Unidos e União Soviética, acreditou estar à beira de um conflito nuclear, após a descoberta de que uma base de mísseis soviéticos estava sendo construída em Cuba.
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"Em todo o mundo estão armazenadas cerca de 13 mil armas nucleares, e isso em um momento em que os riscos de proliferação aumentam e as salvaguardas para impedir essa escalada diminuem", disse Guterres.

Na conferência, o vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Mykola Tochitsky, aproveitou para solicitar a criação de uma zona de exclusão aérea sobre as usinas nucleares do país.
"Ações conjuntas resolutas são necessárias para se evitar uma catástrofe nuclear em nível global. Pedimos que a organização feche o céu sobre as usinas nucleares da Ucrânia e forneça sistemas de defesa antimísseis", disse Tochitsky.
A conferência ocorre na sede da ONU, em Nova York, e segue até o dia 26 deste mês. Ela ocorre após ser adiada por dois anos consecutivos, devido à pandemia. O Tratado sobre a Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) é assinado por 191 países e entrou em vigor em 1970.
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