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Argentina e Uruguai propõem acordo entre China e Mercosul, mas divergem sobre formato

© AP Photo / Jorge SaenzMinistros das Relações Exteriores da América do Sul participam de uma cúpula de dois dias do bloco comercial do Mercosul no Centro de Convenções Conmebol em Luque, Paraguai, 20 de julho de 2022
Ministros das Relações Exteriores da América do Sul participam de uma cúpula de dois dias do bloco comercial do Mercosul no Centro de Convenções Conmebol em Luque, Paraguai, 20 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.07.2022
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Buenos Aires e Montevidéu foram unânimes na intenção de querer trazer a China para um acordo de livre-comércio com o Mercosul, entretanto, não entraram em concordância em como tal passo deveria ser dado.
Durante a Cúpula do Mercosul no Paraguai, o presidente argentino, Alberto Fernández, propôs um acordo de livre-comércio com a China na quarta-feira (20).
"E se houvesse a possibilidade de a China ter um acordo com o Mercosul? Por que não analisamos juntos?", perguntou o presidente durante seu discurso no evento.
Ao mesmo tempo, o líder do Uruguai, Luis Lacalle Pou, disse que governo uruguaio pretende convidar o bloco mercosulino para avançar "em conjunto" com Montevidéu para também tratar um acordo de livre-comércio com Pequim.
"As negociações com a China avançaram e essa é a primeira coisa que queremos fazer com os parceiros do Mercosul. É tudo junto, o que o Uruguai não vai imputar, porque não se sente nacional, avançar nesse sentido, e se podemos com os sócios, melhor. Depois disso vamos conversar com os sócios e convidá-los a se unirem como um bloco com mais poder de negociação", afirmou o presidente durante conferência de imprensa.
No dia 13 de julho, Lacalle Pou disse que Uruguai e China iniciariam as negociações para assinar um tratado de livre-comércio após a conclusão "positiva" do estudo de viabilidade realizado por ambos. Nesta segunda-feira (19), ele lembrou que a notícia não é nova e que governos anteriores já procuraram estabelecer um acordo deste tipo, segundo a Agência EFE.
© AFP 2023 / Daniel DuartePresidente paraguaio e presidente do Mercosul neste momento, Mario Abdo Benítez (à esquerda) e o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, chegam à sede da CONMEBOL, onde acontece a Cúpula do Mercosul em Luque, Paraguai, em 21 de julho de 2022
Presidente paraguaio e presidente do Mercosul neste momento, Mario Abdo Benítez (à esquerda) e o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, chegam à sede da CONMEBOL, onde acontece a Cúpula do Mercosul em Luque, Paraguai, em 21 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 21.07.2022
Presidente paraguaio e presidente do Mercosul neste momento, Mario Abdo Benítez (à esquerda) e o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, chegam à sede da CONMEBOL, onde acontece a Cúpula do Mercosul em Luque, Paraguai, em 21 de julho de 2022
Mas, por conta da intenção uruguaia de fechar um acordo com a China à revelia do Mercosul, a Argentina descordou sobre como a apoximação com Pequim deve ser feita. Fernández afirmou que, "em tempos de guerra, devemos nos unir e não nos iludirmos com soluções individuais, que são de curto alcance".
"Nós não iremos interromper esse processo por conta do Mercosul, porque entendemos que não há incompatibilidade", afirmou. "Além disso, quando as negociações estiverem avançadas, vamos convidar os países-membros do Mercosul a somar-se ao acordo. Mas, se não quiserem, não haverá problema, nós não vamos nos deter."
Buenos Aires também vem demonstrando interesse para que o gigante asiático cada vez mais se aproxime cada vez mais do bloco, principalmente após a ida de Fernández à China em fevereiro, onde fechou vários acordos com Pequim e pediu a Xi Jinping para que a Argentina faça parte do BRICS.
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