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Em meio às tensões geopolíticas e crise de energia, Biden tenta justificar viagem à Arábia Saudita

© AFP 2023 / -Foto de arquivo: o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Saud al-Faisal ao lado do então vice-presidente dos EUA, Joe Biden (centro), na base aérea de Riad, 27 de outubro de 2011
Foto de arquivo: o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, príncipe Saud al-Faisal ao lado do então vice-presidente dos EUA, Joe Biden (centro), na base aérea de Riad, 27 de outubro de 2011 - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2022
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Riad pode ajudar os EUA a combater a Rússia e a China, bem como a mitigar o impacto da crise energética, escreveu ele em um editorial.
O presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu seu plano de visitar a Arábia Saudita dizendo que o envolvimento com Riad é fundamental para combater a "agressão da Rússia", alcançar "maior estabilidade" no Oriente Médio e garantir a capacidade de Washington de "superar a China".
Em um editorial publicado no Washington Post na noite de sábado (9), Biden respondeu diretamente aos críticos da viagem, dizendo que, embora as questões de direitos humanos estejam sempre na agenda, seu trabalho é manter os EUA "fortes e seguros" e que "o Oriente Médio mais seguro e integrado beneficia os americanos de várias maneiras".
"Temos que combater a agressão da Rússia, nos colocar na melhor posição possível para superar a China e trabalhar por maior estabilidade em uma região tão importante para o mundo. Para fazer essas coisas, temos que nos envolver diretamente com países que podem impactar esses resultados", escreveu Biden, acrescentando que a Arábia Saudita é uma dessas nações.
O presidente listou alguns benefícios práticos de "reorientar" as relações "com um país que é parceiro estratégico há 80 anos".
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"Suas hidrovias são essenciais para o comércio global e as cadeias de suprimentos nas quais confiamos. Seus recursos energéticos são vitais para mitigar o impacto no abastecimento global da guerra da Rússia na Ucrânia", disse o líder americano, revelando que a Arábia Saudita, rica em petróleo, está agora trabalhando com especialistas dos EUA "para ajudar a estabilizar os mercados de petróleo com outros produtores da OPEP".

Biden também enfatizou que é menos provável que o "extremismo violento" aumente em uma região "que está se unindo por meio da diplomacia e da cooperação".
Biden admitiu que sua visita é vista por muitos como uma controversa, mas disse que seu governo reverteu "a política de cheques em branco" em relação a Riad ao divulgar o relatório de inteligência sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi em 2018 na Turquia (que considerou o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman responsável por ordenar o assassinato) e ao impor novas sanções ao Estado. Riad alegou que seus agentes de segurança teriam "agido por conta própria" em Istambul.
"Meu governo deixou claro que os Estados Unidos não tolerarão ameaças extraterritoriais e assédio contra dissidentes e ativistas por qualquer governo", disse Biden, elogiando ao mesmo tempo algumas das conquistas de Riad na política internacional.
Biden usou seu editorial para contrastar as políticas de seu próprio governo no Oriente Médio com as de Donald Trump, a quem ele se referiu apenas como "meu antecessor" sem nunca mencionar seu nome. O presidente deve viajar ao Oriente Médio de 13 a 16 de julho, com escalas em Israel, Cisjordânia e Arábia Saudita.
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