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The Times: em caso de guerra com Rússia, Reino Unido teria munição suficiente apenas para 2 dias

© AP Photo / Sergei StepanovTanques em plataformas de caminhões militares do Reino Unido, com tropas e equipamento militar, chegam à base da OTAN em Tapa, Estônia, 25 de fevereiro de 2022
Tanques em plataformas de caminhões militares do Reino Unido, com tropas e equipamento militar, chegam à base da OTAN em Tapa, Estônia, 25 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.07.2022
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Em caso de guerra com Moscou, Londres teria munições só para dois dias, já que ao reino falta equipamento para realizar tarefas de combate, escreve o jornalista britânico Edward Lucas em seu artigo no jornal The Times.

"O pesadelo de cada soldado está iminente para as Forças Armadas britânicas em caso de guerra com a Rússia. Os detalhes são justamente secretos (embora provavelmente não para os russos). Mas o quadro geral é sombrio e claro: ao Reino Unido faltam munições para sua principal tarefa militar", constata ele.

O jornalista relembra que em uma conferência de guerra terrestre, RUSI Land Warfare 2022, na semana passada, foi constatado que com a cadência de tiros russa "ficaríamos sem projéteis de artilharia em apenas dois dias".
O perigo é agravado pelo fator geográfico, aponta Edward Lucas: "A guerra mais provável que os soldados britânicos enfrentam agora é na Estônia, uma jornada de 24 horas e 1.500 milhas [2.415 km]. Nossa capacidade de mover grandes quantidades de equipamentos e abastecimentos através de tais distâncias não foi testada, mesmo em tempo de paz".
Se o conflito deflagrar, o Reino Unido deve esperar apenas a ajuda do lado dos EUA, acredita o autor do artigo.

"Quando as nossas munições convencionais acabarem, apenas os americanos sobrecarregados, ou armas nucleares, estarão entre nós e a derrota. Se a Rússia sobreviver a primeira semana, ganhará", acredita Lucas.

Na sua opinião, "a Rússia sabe que décadas de complacência e corte de custos deixaram as forças do Reino Unido mal equipadas". E esse é o problema do Exército britânico.
Conforme aponta Edward Lucas, duas décadas já passaram desde que o Reino Unido conduziu pela última vez grandes exercícios de blindados, em Omã em 2001. "Os problemas que foram revelados de confiabilidade dos equipamentos e disponibilidade de peças de reposição, combustível e outros suprimentos pioraram em muitos casos", resumiu.
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O jornalista ainda sugere uma solução de curto prazo: comprar munições de países "com grandes forças armadas e sem dores de cabeça militares (Brasil, por exemplo)".
Porém, o país precisa de repensar fundamentalmente o problema, assegura o jornalista.

"Se a nossa principal prioridade é ajudar a OTAN a defender os nossos aliados europeus contra a Rússia, os nossos porta-aviões, caros e vulneráveis, podem parecer elefantes brancos. Os sonhos do governo de um Reino Unido global estão se encontrando com a geopolítica do mundo real à nossa porta. Por anos escolhemos quais guerras combater. A próxima pode nos escolher."

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