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Moscou afirma compreender os 'verdadeiros' planos por trás da coalizão de grãos ucraniana

© AFP 2023 / SEYRAN BAROYANO destroier da Marinha Real Britânica HMS Defender chega ao porto de Batumi, no mar Negro, 26 de junho de 2021
O destroier da Marinha Real Britânica HMS Defender chega ao porto de Batumi, no mar Negro, 26 de junho de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 23.06.2022
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O verdadeiro propósito de tal missão seria intrometer-se na região do mar Negro, diz o ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov.
A proposta de formar uma coalizão naval internacional para escoltar navios com grãos ucranianos através do mar Negro é, na realidade, uma ideia que persegue um objetivo completamente diferente, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
"As tentativas de organizar algum tipo de coalizão internacional para a implementação desses procedimentos visam apenas interferir na região do mar Negro sob os auspícios da ONU. E vemos isso com bastante clareza", apontou Lavrov após conversas com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em Teerã nesta quinta-feira (23).
A ideia de enviar para o mar Negro os navios de guerra dos países alegadamente afetados pela escassez de cereais causada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia foi lançada pelo ministro das Relações Exteriores lituano, Gabrielius Landsbergis, durante sua viagem a Londres no final de maio. De acordo com a mídia, as autoridades britânicas haviam manifestado apoio, em princípio, para tal missão.
"Não há problema em exportar grãos sem montar tais esquemas", assegurou o ministro das Relações Exteriores russo à sua audiência.
Ele reiterou que Moscou garante a segurança de navios com grãos em águas internacionais até o estreito de Bósforo, um importante canal de acesso controlado por Ancara. "Temos entendimento sobre esta questão com a Turquia", disse Lavrov.
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A Ucrânia é um grande exportador de grãos, mas seus navios não conseguem zarpar para o mar desde o lançamento da operação militar especial russa no país, iniciada no final de fevereiro. Kiev e o Ocidente culpam Moscou por bloquear sua passagem, enquanto a Rússia insiste que problemas logísticos foram criados por minas navais colocadas pela própria Ucrânia.
A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, que falava após conversas com o colega turco, Mevlut Cavusoglu, afirmou que uma falha em resolver rapidamente o impasse do transporte de grãos "vai causar grande fome".
"[O presidente russo Vladimir] Putin está armando a fome, ele está usando a segurança alimentar como uma ferramenta de guerra insensível. Ele bloqueou os portos ucranianos e está impedindo a exportação de 20 milhões de toneladas de grãos para todo o mundo, mantendo o mundo como refém", disse Truss.
Lavrov já havia culpado o Ocidente por exagerar os problemas em torno dos grãos ucranianos, apontando que os suprimentos bloqueados representavam "menos de 1% da produção global de trigo e outros cereais".
"Portanto, a situação atual dos grãos ucranianos não tem nada a ver com a crise alimentar", disse ele, falando há algumas semanas.
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