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Derrota na Ucrânia significaria fim da OTAN, diz ex-inspetor de armamento da ONU

© Sputnik / Aleksei VitvitskySecretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg responde perguntas de jornalistas após reunião do Conselho OTAN-Rússia, em Bruxelas, na Bélgica
Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg responde perguntas de jornalistas após reunião do Conselho OTAN-Rússia, em Bruxelas, na Bélgica - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2022
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Scott Ritter, crítico da política externa dos Estados Unidos, aponta que, estando longe de atingir o objetivo declarado pelo Pentágono de "enfraquecer" a Rússia, a guerra por procuração de Washington na Ucrânia está gradualmente desarmando os exércitos dos países-membros da OTAN.
A vitória da Rússia sobre a Ucrânia vai levar ao fim da aliança liderada pelos Estados Unidos, afirma Scott Ritter, ex-inspetor de armamento das Nações Unidas.
O também ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, que foi um dos principais críticos da invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003, foi entrevistado para o canal do Youtube The Left Lens sobre a operação russa na Ucrânia.
A decisão da OTAN de pôr a sua credibilidade em dúvida, defende Ritter, ao apoiar Kiev na guerra por procuração contra Moscou — na sequência da sua "humilhação" no Afeganistão — pode bem ser uma decisão insensata e fatídica.

"A OTAN e os Estados Unidos estão perante uma espécie de derrota moral e física que vai provavelmente significar o fim da OTAN", disse ele ao apresentador Danny Haiphong no vídeo postado na segunda-feira (20). "Não acho que a OTAN possa sobreviver a isso".

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"Tal não significa que a aliança vai se dissolver amanhã", especificou.
Ao mesmo tempo, Ritter destacou: "Acho que a gente se esqueceu de que, só em agosto do ano passado, a OTAN sofreu uma grande humilhação: a retirada do Afeganistão".
"Após isso, a OTAN entrou em uma época difícil e ela se pergunta: 'Quem somos nós? O que estamos fazendo?' Agora eles estão enfrentando a Rússia e vão perder contra ela sem sequer combater", disse.
Meses antes do conflito, a Rússia tinha avisado que não toleraria os planos da OTAN de continuar sua expansão pós-Guerra Fria para leste, incluindo para a Ucrânia, o que poderia permitir aos Estados Unidos implantar mísseis a apenas 480 quilômetros de Moscou. Agora, a Suécia e a Finlândia, que partilham uma longa fronteira com a Rússia, também se candidataram à OTAN — sem perguntar aos seus povos em um referendo nacional.
© Sputnik / STRINGER / Acessar o banco de imagensPresidente norte-americano Joe Biden junto com primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e presidente finlandês Sauli Niinisto durante declaração conjunta para imprensa após reunião na Casa Branca
Presidente norte-americano Joe Biden junto com primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e presidente finlandês Sauli Niinisto durante declaração conjunta para imprensa após reunião na Casa Branca  - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2022
Presidente norte-americano Joe Biden junto com primeira-ministra sueca Magdalena Andersson e presidente finlandês Sauli Niinisto durante declaração conjunta para imprensa após reunião na Casa Branca
Ritter reiterou as palavras que tinha dito antes na entrevista: as tropas russas estão destruindo as armas enviadas pelos países da OTAN, essas entregas visam prolongar o conflito na Ucrânia e Kiev está pedindo mais equipamentos do que a maioria dos exércitos europeus mesmo possui.
"Quando a Rússia terminar isso, vai possuir um Exército mais experiente em combate do mundo atual, enfrentando as forças da OTAN que são mal treinadas, mal lideradas e, adivinhem, agora mal equipadas porque entregaram todas as suas armas à Ucrânia", disse o analista.
Nos últimos anos, as forças russas têm ganhado uma valiosa experiência nos grandes conflitos na Geórgia e Síria, onde os seus sistemas de armas mais recentes foram experimentados em combate. Ironicamente, o secretário de Defesa norte-americano Lloyd Austin — um general aposentado que fez lobby para o gigante industrial militar Raytheon antes da sua nomeação — revelou em abril que o objetivo de Washington em inundar a Ucrânia com armas era "ver a Rússia enfraquecida".
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Também na segunda-feira (20), o coronel aposentado do Exército norte-americano MacGregor disse por sua vez a Tucker Carlson, na Fox News, que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, estava enviando uma quantidade simbólica de armas para a Ucrânia para evitar reconhecer que tinha perdido a sua guerra por procuração.
"É difícil testemunhar algo tão ridículo. Além disso, esta é uma forma de manter a dignidade por parte do governo que, na realidade, não quer admitir que esta guerra já está perdida há muito tempo", afirmou MacGregor.
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