Mídia: empresa dos EUA está criando 'Cúpula de Ferro' para Ucrânia 'derrubar' mísseis da Rússia

A Ucrânia apenas derruba cerca de um quinto dos mísseis russos, e possui tecnologia "antiga e lenta", explicou CEO de companhia dos EUA que diz trabalhar em um projeto para mudar essa realidade.

JustAnswer, uma empresa tecnológica dos EUA, está trabalhando com a Ucrânia para ajudar o país a construir seu próprio análogo do sistema de defesa antiaérea Cúpula de Ferro, conta na segunda-feira (20) a emissora Fox News.

A atual tecnologia da Ucrânia é "antiga e lenta", disse Andy Kurtzig, CEO do JustAnswer, explicando que "quando um míssil está a caminho, ter um computador lento não é muito útil".

"Se pudéssemos fechar os céus sobre a Ucrânia, os ucranianos teriam muito mais chances de vencer esta guerra e de a democracia sair vitoriosa", sugeriu ele.

A empresa de Kurtzig está colaborando com o Cluster de TI de Lvov (Lviv IT Cluster, em inglês), um grupo de empresas tecnológicas e universidades locais, e com a Administração Militar de Lvov e o Comando de Defesa Aérea Ocidental da Ucrânia para desenvolver o Projeto Céu (Sky Project, em inglês), também conhecido como Cúpula de Ferro Ucrânia, uma estrutura móvel de defesa antiaérea para todas as condições climáticas.

"Estamos os ajudando a atualizar seus sistemas de computadores e seus sistemas de rede e software", explicou o empresário da tecnologia, expressando confiança de que a Ucrânia "possa ser muito mais rápida e muito mais precisa na tentativa de derrubar esses mísseis que chegam da Rússia" após a atualização de seus sistemas.

O plano deve incluir a reorganização de um centro de comando ucraniano e de 45 estações móveis de monitoramento para "melhorar drasticamente" as defesas aéreas, que atualmente detêm apenas cerca de 20% dos mísseis da Rússia, de acordo com o portal MarketWatch.

Em fevereiro foi relatado que Israel bloqueou uma tentativa dos EUA de transferir várias baterias da Cúpula de Ferro para a Ucrânia em 2021, em meio a temores da reação da Rússia.

O Ministério da Defesa da Rússia sublinhou repetidamente que seus ataques com mísseis visam as instalações militares ucranianas, e que os civis não são afetados.

Os EUA e seus aliados têm entregado à Ucrânia um grande número de armas, incluindo mísseis terra-ar Strela, Stinger, Starstreak, Mistral e Piorun, disparados, com a Alemanha se comprometendo, mas ainda não entregando 50 tanques antiaéreos Flakpanzer Gepard recondicionados. A Eslováquia doou um de seus sistemas de defesa antiaérea e de mísseis S-300 soviéticos para a Ucrânia em abril, que foi supostamente destruído logo após a chegada, apesar de Bratislava contestar estas informações.