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Presidente do Senado defende estabilizar preços a partir de lucros das ações estatais da Petrobras

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilRodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal - Sputnik Brasil, 1920, 17.06.2022
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), propôs que o governo federal aceite a divisão dos lucros da Petrobras com a população a fim de estabilizar os preços dos insumos energéticos, como o diesel e a gasolina. A sugestão foi feita por ele nesta sexta-feira (17), por meio de suas redes sociais.
Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou novas altas nos preços da gasolina e do diesel vendidos às distribuidoras, os quais começarão a valer amanhã (18). Com o reajuste, o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Para o diesel, o preço médio de venda sairá de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro, segundo o G1.
A alteração no custo foi discutida ontem (16) em reunião extraordinária do Conselho de Administração da estatal, e, de acordo com a mídia, conselheiros ligados ao governo tentaram convencer a empresa a segurar o aumento.
Só que a diretoria relatou o teor das conversas realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro (PL) não aceitou conceder um subsídio nem para a estatal nem para importadores privados trazerem um diesel mais caro do exterior para vendê-lo no Brasil com um valor mais baixo.
Como justificativa para o aumento, a Petrobras afirma que o mercado global de energia atualmente está em "situação desafiadora" por conta da recuperação da economia mundial e por conta do conflito na Ucrânia.
Em sua conta no Twitter, Pacheco propôs que a estatal divida os lucros, uma vez que o acionista majoritário da Petrobras é o próprio governo federal.
Pacheco acrescentou que se o governo é contra discutir a política de preços do diesel e da gasolina (que atualmente segue o preço de paridade internacional, PPI) e contra interferir na governança da Petrobras, "a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada".
Na manhã de hoje (17), antes do anúncio do reajuste, Bolsonaro retomou críticas à Petrobras e disse que a empresa "pode mergulhar o Brasil em um caos", segundo relatou o jornal Folha de S.Paulo.

"O governo federal, como acionista, é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais. A Petrobras pode mergulhar o Brasil em um caos. Seu presidente, diretores e conselheiros bem sabem o que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018 e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", afirmou.

Após o anúncio do aumento dos preços e os ataques de Bolsonaro contra a estatal, as ações da Petrobras caíram 9,2%.
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