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Plano do Reino Unido de 'devolver' imigrantes para Ruanda é 'inseguro e irracional', dizem advogados

© AP Photo / Alastair GrantMigrantes desembarcam de barco da Força Fronteiriça do Reino Unido após serem resgatados em Dover, Inglaterra, Reino Unido, 16 de setembro de 2021
Migrantes desembarcam de barco da Força Fronteiriça do Reino Unido após serem resgatados em Dover, Inglaterra, Reino Unido, 16 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.06.2022
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No Reino Unido, advogados buscam uma liminar para impedir que requerentes de asilo sejam enviados para a África pelo governo britânico.
O plano do governo britânico de enviar para Ruanda migrantes que chegam ilegalmente ao Reino Unido "é inseguro e irracional", disseram os advogados que buscam uma liminar para impedir as primeiras deportações.
Em audiência no Supremo Tribunal do Reino Unido, nesta sexta-feira (10), os advogados, que representam alguns desses migrantes, e instituições de caridade e sindicatos pediram conjuntamente uma ordem judicial para impedir o voo.
Eles sustentam que a posição do governo do Reino Unido se baseia em falsas garantias da capacidade de Ruanda de oferecer proteção a requerentes de asilo e processar suas reivindicações.
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O governo britânico anunciou em abril que havia fechado um acordo, pelo qual o Reino Unido pagou a Ruanda US$ 158 milhões (R$ 791 milhões), para enviar milhares de requerentes de asilo ao país da África.
O objetivo é minar as redes de contrabando de pessoas e conter o fluxo de migrantes. O primeiro voo para Ruanda deveria partir em 14 de junho, sendo que um grupo inicial de imigrantes recebeu cartas formais informando que seriam deportados.
Um dos advogados dos imigrantes, Raza Hussain, disse à Associated Press que as alegações do Reino Unido são "enganosas e imprecisas".
Ele sustenta que a medida viola a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados e classificou o acordo entre os países de "impraticável, desumano e um desperdício do dinheiro dos contribuintes britânicos".
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O advogado do governo Mathew Gullick disse que 37 pessoas deveriam estar a bordo do voo de terça-feira (14), mas que seis tiveram suas ordens de deportação canceladas.
Ele afirmou que mesmo que o juiz concorde com uma liminar, ela não deve servir como um bloqueio geral do voo da próxima semana.
Há "claro interesse público em dissuadir a realização de viagens perigosas [migração para o Reino Unido] e as atividades de contrabandistas criminosos", o que significa que "o voo deve prosseguir conforme o programado", disse.
Cerca de 130 migrantes serão deportados nas próximas semanas. Muitos deles vêm do Sudão, Síria, Iraque e Irã. No ano passado, mais de 28 mil migrantes e refugiados fizeram a travessia da Europa continental para o Reino Unido.
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