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Tensão no Pacífico: Nova Zelândia repete retórica norte-americana anti-China

© AP Photo / Evan VucciO presidente Joe Biden se encontra com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, no Salão Oval da Casa Branca, Washington, 31 de maio de 2022
O presidente Joe Biden se encontra com a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, no Salão Oval da Casa Branca, Washington, 31 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 02.06.2022
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Diante da pressão dos EUA na região do Pacífico, Nova Zelândia diz compartilhar das preocupações norte-americanas sobre a influência de Pequim junto às nações insulares.
Após uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que destacou a chamada "preocupação compartilhada" sobre a influência da China no Pacífico Sul, os dois lados divulgaram, ainda na quarta-feira (1º), uma declaração conjunta de 3.000 palavras.
De acordo com especialistas que conversaram com o Global Times, a Nova Zelândia estaria inclinada a ecoar a distorção pelos EUA do papel da China na região.
Enquanto o conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, continua sua viagem pelo Pacífico, Biden e Ardern se reuniram em mais uma tentativa norte-americana de pressionar os Estados insulares a não ceder às propostas de cooperação chinesas.
Ardern instou Biden a se envolver mais com os países insulares do Pacífico e levantou preocupações sobre a presença da China na região.
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"Em particular, os EUA e a Nova Zelândia compartilham uma preocupação de que o estabelecimento de uma presença militar persistente no Pacífico por um Estado que não compartilha nossos valores ou interesses de segurança alteraria fundamentalmente o equilíbrio estratégico da região e colocaria preocupações de segurança nacional para ambos os nossos países", diz o comunicado.
Em referência ao acordo firmado entre China e Ilhas Salomão, esta não foi a primeira vez que a líder da Nova Zelândia expressou as chamadas preocupações sobre os acordos de cooperação chineses.
Alguns especialistas consideram que o movimento de Washington junto aos países do Pacífico é feito de forma coercitiva, para que estes continuem servindo como ferramenta para a realização dos interesses americanos.
Juntamente com a Austrália e os EUA, Ardern foi citada, ainda em abril, duvidando da razão para as Ilhas Salomão assinarem um acordo com a China.
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"Apesar de a Nova Zelândia não compartilhar tanta ambição geopolítica quanto a Austrália, ela compartilha uma visão comum que considera as nações insulares do Pacífico como esfera de poder de ex-colonizadores e se considera uma ramificação do Ocidente na região", afirmou o diretor do Centro de Estudos da Nova Zelândia e diretor executivo do Centro de Estudos da Ásia-Pacífico da Universidade Normal da China Oriental, Chen Hong.
A líder da Nova Zelândia não pode resistir à crescente pressão dos EUA e da Austrália, já que os EUA vêm atraindo ansiosamente seus aliados para o seu lado para manter a hegemonia, disse Chen.
A China se opõe firmemente à declaração conjunta de Nova Zelândia–EUA, acusando-os de distorcer e difamar a cooperação normal da China com os países insulares do Pacífico, além de chamar de irresponsáveis os comentários sobre os assuntos internos da China relacionados a Taiwan, Xinjiang e Hong Kong, segundo declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em entrevista coletiva na quarta-feira.
"Esperamos que a Nova Zelândia se atenha à política diplomática independente e se envolva em aumentar a confiança mútua de segurança entre os países regionais e manter a paz e a estabilidade regionais", disse ele, enquanto instava os EUA a abandonar a mentalidade da Guerra Fria e o preconceito ideológico e a parar de interferir nos assuntos internos da China.
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