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EUA estão acrescentando metodicamente lenha na fogueira fornecendo armas a Kiev, diz Peskov

© Sputnik / Aleksei LebedevGrande Palácio do Kremlin (à esquerda) em Moscou, Rússia, foto publicada em 22 de maio de 2022
Grande Palácio do Kremlin (à esquerda) em Moscou, Rússia, foto publicada em 22 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.06.2022
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O porta-voz presidencial da Rússia criticou o fornecimento de armas a Kiev pelos EUA, afirmando não acreditar nas promessas de Vladimir Zelensky de que elas não serão usadas contra o território russo.
Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo, comentou na quarta-feira (1º) as palavras de Vladimir Zelensky de que os lançadores múltiplos de foguetes HIMARS fornecidos pelos EUA, e que têm alcance de até 80 quilômetros, não serão disparados contra a Rússia.
Na terça-feira (31), uma fonte na Casa Branca comunicou que os HIMARS foram enviados à Ucrânia com a condição de não serem usados contra o território russo.
"Não, para confiar é necessário ter experiência de situações em que tais promessas foram cumpridas. Infelizmente, não há tal experiência. Pelo contrário, todo o curso dos acontecimentos confirma que, começando pela principal promessa pré-eleitoral de Zelensky de acabar de uma vez por todas com a guerra no sudeste da Ucrânia, elas não foram cumpridas", observou Peskov.
"Nenhuma das provisões [dos Acordos] de Minsk foi cumprida, elas caíram no esquecimento, e isso foi por culpa do lado ucraniano, então não temos crédito de confiança no lado ucraniano", assinalou ele respondendo à questão se o Kremlin confia nas declarações de Zelensky.
Em resposta à pergunta se há ou não risco de Kiev começar a usar as armas recém-fornecidas contra a Rússia, o porta-voz disse que as autoridades relevantes estão avaliando sistematicamente os riscos e tomando as medidas necessárias.
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O porta-voz de Vladimir Putin, presidente da Rússia, sublinhou também que o fornecimento de armas a Kiev não contribui para o governo ucraniano retomar negociações com Moscou.
"Já dissemos que aqui não há nada de novo. Nós consideramos que os EUA estão acrescentando lenha na fogueira metódica e diligentemente. Está claro que os EUA mantêm realmente a linha de lutar contra a Rússia até o último ucraniano. Tais fornecimentos não contribuem para o surgimento da vontade da liderança ucraniana para retomar as negociações de paz, então, claro que temos uma atitude negativa sobre isso", falou Dmitry Peskov após pergunta sobre a reação do Kremlin ao fornecimento de armas para Kiev.

Crise alimentar mundial como resultado

A questão dos grãos continua na agenda, ela se deve às ações de Kiev, segundo o porta-voz presidencial da Rússia.
"Estamos potencialmente à beira de uma crise alimentar muito profunda devido a restrições absolutamente ilegais contra um dos principais fornecedores mundiais, ou seja, nós, e ligada às ações das autoridades ucranianas, que minaram as entradas dos portos do mar Negro, o que impede a saída do trigo de lá, enquanto a FR [Federação da Rússia] não impede isso de maneira nenhuma", disse ele.
De acordo com Peskov, a Rússia está pronta para acompanhar os navios que carregam grãos até as águas internacionais, sem criar qualquer obstáculo.
"O lado turco e outros lados receberam uma explicação detalhada do presidente Putin, e, basicamente, todos os chefes de Estado e de governo que conduziram negociações ultimamente, e também António Guterres, secretário-geral da ONU, receberam diretamente uma explicação de Putin de que a Rússia não bloqueia" a passagem, relatou.
"Mais que isso, se a Ucrânia acabar mesmo por decidir desminar os portos e criar condições para uma navegação marítima segura, então a Rússia estará pronta a ajudar no acompanhamento até as águas internacionais dos navios que estarão carregados de grãos. Não há qualquer obstáculo por parte da Rússia, mas ao mesmo tempo a Rússia não é o lado que minou esses portos. Continuamos trabalhando nessa questão."
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