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Às vésperas da visita chinesa, Fiji adere ao pacto econômico dos EUA no Indo-Pacífico, diz mídia

© AFP 2023 / KEVIN LAMARQUEO secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, participa de uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro interino de Fiji, Aiyaz Sayed-Khaiyum, em Nadi, Fiji, 12 de fevereiro de 2022
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, participa de uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro interino de Fiji, Aiyaz Sayed-Khaiyum, em Nadi, Fiji, 12 de fevereiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2022
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Em meio à disputa entre China e EUA sobre influência regional no Indo-Pacífico, a nação insular passa a integrar iniciativa econômica liderada por Washington na região.
Em vitória do governo Biden, Fiji vai se juntar ao Quadro Econômico Indo-Pacífico (IPEF, na sigla em inglês) liderado pelos EUA poucos dias antes de o ministro das Relações Exteriores da China desembarcar no país.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, saudou a decisão de Fiji de se tornar a primeira nação insular do Pacífico e 14º membro do IPEF, uma iniciativa comercial destinada a aprofundar os laços econômicos, criada para preencher parte do vácuo criado pelos EUA durante a gestão Trump, ao se retirar do acordo comercial de 12 nações da Parceria Transpacífico em 2017, e lançada pelo presidente Joe Biden na última segunda-feira (23) no Japão.
"O IPEF agora reflete toda a diversidade regional do Indo-Pacífico, com membros do nordeste e sudeste da Ásia, sul da Ásia, Oceania e ilhas do Pacífico", disse Sullivan.
De acordo com o Financial Times (FT), a decisão de Fiji de se tornar membro da iniciativa norte-americana oferece algum alívio na rápida escalada que as nações das ilhas do Pacífico estavam testemunhando entre EUA e China nos últimos dias.
EUA, Austrália, Nova Zelândia e Japão ficaram alarmados quando a China assinou um pacto de segurança com as Ilhas Salomão neste ano.
Da esquerda para a direita, o ministro das Relações Exteriores da China Wang Yi e seu homólogo das Ilhas Salomão, Jeremiah Manele, participam de uma coletiva de imprensa em Honiara, 26 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.05.2022
Panorama internacional
Primeira parada da China em viagem pelo Pacífico Sul, Ilhas Salomão reafirmam parceria com Pequim
Embora não haja qualquer evidência que comprove as suspeitas, alguns especialistas em segurança acreditam que o acordo pode abrir caminho para que Pequim construa uma base naval que lhe permita projetar ainda mais poder no Pacífico.
O secretário de Relações Exteriores da China, Wang Yi, deve discutir a proposta com as nações insulares do Pacífico em Fiji, na próxima segunda-feira (30). Mas é possível que o ingresso de Suva no IPEF prejudique um acordo político, econômico e de segurança com Pequim.
Fiji tem sido fundamental para a pressão da China por influência no Pacífico. O país também ajudou a China a promover parcerias com outros países da região fora do Fórum das Ilhas do Pacífico, um grupo que inclui os aliados dos EUA, Austrália e Nova Zelândia. Mas analistas disseram ao FT que Suva tem sido muito mais sofisticada na gestão de seu relacionamento com a China do que outras pequenas nações da região.
"Eles aprenderam como o governo chinês funciona, quais agências fazem o quê, e assim adquiriram capacidade para cuidar de seus próprios interesses", disse o professor associado da Universidade do Havaí Tarcisius Kabutaulaka. "Por exemplo, eles dizem não aos empréstimos chineses quando acham que não é benéfico para eles."
De acordo com Sullivan, Fiji agregaria "valor vital" ao IPEF, particularmente nos esforços para combater as mudanças climáticas.
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