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Bolsonaro evita falar sobre morte de homem asfixiado por ação da PRF e cita policiais assassinados

© Foto / Marcos Corrêa / Palácio do PlanaltoVisita de Jair Bolsonaro ao Posto da Polícia Rodoviária Federal (foto de arquivo)
Visita de Jair Bolsonaro ao Posto da Polícia Rodoviária Federal (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 26.05.2022
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Chefe do Executivo se esquivou de comentar sobre o caso que já ganhou repercussão internacional por conta da violência aplicada. Em uma infeliz coincidência, no dia 25 de maio de 2020, o norte-americano, George Floyd, morreu nos EUA da mesma forma que o brasileiro.
Após Genivaldo de Jesus Santos morrer por asfixia em decorrência de uma abordagem violenta feita por dois policiais rodoviários federais em Umbaúba (SE) na tarde de quarta-feira (25), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), disse hoje (26) que vai se inteirar sobre o caso.
Entretanto, o mandatário falou brevemente sobre o ocorrido, e em sua declaração, focou mais em mortes de dois policiais há duas semanas atrás, fato que nada tem em comum com a situação presente.

"Vou me inteirar com a PRF. Eu vi há pouco, há duas semanas, aqueles dois policiais executados por um marginal que estava andando lá no Ceará. Foram negociar com ele, o cara tomou a arma dele e matou os dois. Talvez isso, nesse caso, não tomei conhecimento, o que tinha na cabeça dele", afirmou o presidente citado pelo jornal O Globo.

O laudo do IML divulgado hoje (26) constatou que Santos morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Ele havia sido abordado pela PRF e colocado dentro do porta-malas da viatura enquanto saía fumaça de dentro do carro. Bolsonaro, no entanto, disse que não sabia o que aconteceu.
"Uma coisa é execução. A outra eu não sei o que aconteceu. A execução ninguém admite ninguém executar ninguém. Mas não sei o que aconteceu para te dar uma resposta adequada", disse.
O caso já ganhou repercussão internacional com o The Guardian publicando uma matéria com o título: "Indignação no Brasil por doente mental negro que morreu em 'câmara de gás' de carro de polícia".
Santos, que tinha 38 anos, sofria de esquizofrenia e tomava remédios controlados havia cerca de 20 anos. Ao ser abordado ficou bastante nervoso, segundo testemunhou seu sobrinho, Wallyson Jesus.
"Eu estava próximo e vi tudo. Informei aos agentes que o meu tio tinha transtorno mental. Eles pediram para que ele levantasse as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos. Meu tio ficou nervoso e perguntou o que tinha feito. Eu pedi que ele se acalmasse e que me ouvisse [...]", disse Jesus.
A PRF emitiu nota afirmando que os agentes usaram "técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo" para conter o homem. A corporação disse que abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos. A Polícia Federal vai investigar o caso.
Em uma triste coincidência, há exatos dois anos atrás, o norte-americano, George Floyd, também morreu por asfixia após ser abordado por policiais nos Estados Unidos.
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