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Estudo: planetas que orbitam estrelas semelhantes ao Sol podem ser 'berço' de vida alienígena

© Foto / NASA, ESA, K. Luhman e T. Esplin (Universidade Estadual da Pensilvânia), et al., and ESO; Processamento: Gladys Kober (NASA/Universidade Católica da América)O Telescópio Espacial Hubble da NASA registrou um dos três segmentos que compreendem uma região de formação de estrelas, de 65 anos-luz de largura, chamada Complexo de Nuvens Camaleão
O Telescópio Espacial Hubble da NASA registrou um dos três segmentos que compreendem uma região de formação de estrelas, de 65 anos-luz de largura, chamada Complexo de Nuvens Camaleão - Sputnik Brasil, 1920, 24.05.2022
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Os sistemas planetários em torno de estrelas de tamanho e tipo semelhantes ao Sol são alvos prioritários para os astrônomos que procuram vida extraterrestre.
Planetas em sistemas binários que giram em torno de estrelas parecidas ao Sol podem ser bons alvos na busca de vida alienígena, o que poderia finalmente trazer à humanidade o resultado que anseia, sugere novo estudo publicado na revista Nature.
Os pesquisadores acreditam que mundos que orbitam sistemas binários, consistindo de duas estrelas girando em torno uma da outra, podem ser o melhor caminho na procura de vida extraterrestre. De acordo com uma equipe de cientistas da Universidade de Copenhague, mais da metade das estrelas do tamanho do Sol estão em sistemas binários, onde a energia alarga a região habitável até mais longe.
As descobertas determinaram que essas estrelas aquecem os planetas umas das outras, aumentando as chances de serem orbitadas por um planeta com água líquida.

"O resultado é impressionante, já que a busca por vida extraterrestre vai dispor de vários instrumentos novos e extremamente poderosos nos próximos anos", diz o professor Jes Kristian Jorgensen, um dos principais autores do estudo, citado pelo Daily Mail. "Isso aumenta a importância de entender como os planetas são formados em torno de diferentes tipos de estrelas. Tais resultados podem identificar lugares que seriam especialmente interessantes para sondar a existência de vida."

Os pesquisadores detalharam em seu estudo que a descoberta é baseada em observações de uma jovem estrela dupla à distância de cerca de 1.000 anos-luz da Terra, feitas pelo telescópio ALMA, no Chile. É conhecido como NGC 1333-IRAS2A e é cercado por um disco de gás e poeira. Os astrônomos elaboraram simulações de computador para trás e para a frente no tempo.
A circulação de gás e poeira, por exemplo, não segue um padrão consistente. Ele fica extremamente poderoso em "relativamente" curtos períodos de tempo ao longo de milhares de anos. A estrela binária ilumina até cem vezes antes de retornar ao seu estado original. Como as duas estrelas se circundam, os pesquisadores acreditam que esse padrão cíclico pode ser explicado pela dualidade.
Sua gravidade conjunta afeta o disco circundante em intervalos regulares, fazendo com que volumes maciços de detritos caiam em direção à estrela.
"As observações nos permitem ampliar as estrelas e estudar como a poeira e o gás se movem em direção ao disco", disse um dos autores do estudo, a dra. Rajika Kuruwita. "As simulações nos dirão que física está em jogo, e como as estrelas evoluíram até a imagem que observamos, e sua evolução futura."
O sistema estelar pesquisado, no entanto, ainda é muito jovem para planetas terem se formado, de acordo com o estudo.
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"É provável que os cometas desempenhem um papel fundamental na criação de condições para a vida evoluir. Os cometas muitas vezes têm um alto teor de gelo com a presença de moléculas orgânicas", disse Jorgensen.

"Dá para imaginar muito bem que as moléculas orgânicas são preservadas em cometas durante as épocas em que um planeta é estéril, e que os impactos de cometas posteriores trarão as moléculas para a superfície do planeta. O aquecimento causado pelas explosões provocará a evaporação dos grãos de poeira e do gelo que os rodeia. Isso pode alterar a composição química do material a partir do qual os planetas são formados."

De acordo com o professor, tais moléculas podem ser "blocos de construção para moléculas mais complexas, que são a chave para a vida como a conhecemos. Por exemplo, os aminoácidos que foram encontrados em cometas".
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