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Rússia não é a fonte de ameaças de fome mundial, culpem as sanções, diz Kremlin

© Sputnik / Sergei PyatakovKremlin (no plano de frente) e Ministério das Relações Exteriores russo (à direita, no plano traseiro) em Moscou, Rússia, foto publicada em 7 de maio de 2022
Kremlin (no plano de frente) e Ministério das Relações Exteriores russo (à direita, no plano traseiro) em Moscou, Rússia, foto publicada em 7 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 23.05.2022
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O porta-voz presidencial do Kremlin, Dmitry Peskov, rejeitou que a Rússia esteja contribuindo para uma fome mundial, e criticou as propostas da União Europeia de criar um Exército Europeu.
A Rússia não é ameaça ao fornecimento de alimentos a nível mundial, a culpa recai nas sanções impostas ao país, declarou na segunda-feira (23) Dmitry Peskov, porta-voz presidencial russo.
A ONU já advertiu que a situação na Ucrânia pode levar ao aumento dos preços dos alimentos e uma fome mundial, explicando que o mar Negro é uma das regiões mais importantes para a produção de grãos e produtos agrícolas, com a Ucrânia e a Rússia sendo responsáveis por 30% das exportações globais de trigo, 20% das exportações globais de milho e 76% das exportações de girassol, pelo que qualquer interrupção na produção ou no fornecimento poderia levar a preços mais altos.
"A Rússia sempre foi uma exportadora bastante confiável de grãos. A Ucrânia tem sido uma exportadora de grãos bastante confiável. A Rússia não impede a Ucrânia de exportar grãos para a Polônia por ferrovia: fileiras de armas estão vindo de lá, e ninguém as impede de transportar os grãos pelas mesmas fileiras", notou ele.
"No que diz respeito aos meios de transporte marítimo, estamos dizendo que não somos a fonte deste problema. Mais uma vez, não somos a fonte de problemas que levam à ameaça da fome no mundo. As fontes deste problema são quem impôs sanções e as próprias sanções, que estão em vigor", continuou.
Dmitry Peskov explicou ainda que a Rússia concorda com os temores de António Guterres, secretário-geral da ONU, quanto ao surgimento de uma crise alimentar global, "e o presidente Putin também concordou com este perigo potencial quando teve uma conversa recente" com ele.
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Peskov referiu que Vladimir Putin, presidente da Rússia, já avisou que as sanções levaram ao colapso que agora se vê no mercado, e que as minas colocadas pela Ucrânia, que tornaram a rota marítima insegura, também contribuíram para isso.
"São necessárias medidas especiais para que a navegação seja retomada. Foi sobre isso que o presidente falou."

Retórica militar da União Europeia

O porta-voz do Kremlin também duvida das credenciais diplomáticas de Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), que defendeu a criação de um Exército Europeu em meio à operação especial russa na Ucrânia.
"Em geral sabemos que o senhor Borrell não é defensor de métodos diplomáticos para resolver problemas, apesar do cargo que ocupa. Ele também demonstra constantemente uma propensão para métodos de força, inclusive publicamente", afirmou Peskov.
"Aqui está exatamente a ideia de militarização e a ideia de bombear ainda mais a Ucrânia com armas e assim por diante. Tudo isso são coisas que não contribuirão para fortalecer a segurança, a estabilidade e o continente europeu", frisou o porta-voz de Putin.
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