5G: grupo responsável pela implantação da rede no Brasil propõe à Anatel prazo adicional de 2 meses

Motivação para pedido de extensão do prazo para implementação da tecnologia nas capitais brasileiras tem a ver com a falta de semicondutores no mercado e o lockdown na China.

De acordo com o jornal O Globo, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) – associação que analisa e permite a instalação de novas redes 5G – vai enviar ao Conselho Diretor da Anatel uma proposta para adiar por dois meses o uso das principais frequências para a rede em todas as capitais e no Distrito Federal (DF).

Segundo a Anatel, a motivação técnica para adoção de prazo adicional foi a impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, fato que tem a ver com o lockdown na China e falta de semicondutores no mercado.

"A Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF) explicou que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto", disse a Agência Nacional de Telecomunicações.

Pelas regras do leilão, realizado em novembro do ano passado, a data para liberação da faixa que permite a ativação do 5G era até 30 de junho de 2022.

Entretanto, o edital do leilão já previa que os prazos estabelecidos no cronograma poderiam ser alterados em 60 dias, "desde que constatadas dificuldades técnicas para a realização de atividades […]", segundo a mídia.

A próxima reunião do Conselho Diretor da agência está prevista para 2 de junho, mas o tema pode ser decidido pelo chamado "circuito deliberativo" (apenas documental) ou em reunião extraordinária.