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Astrônomos detectam pulsar 'viúva negra' extremo a 3.000 anos-luz na Via Láctea (FOTO, VÍDEO)

© AP Photo / NASA, JPL-CaltechUma representação artística mostra uma estrela morta chamada pulsar, no centro, e o disco circundante de escombros, descoberto pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA
Uma representação artística mostra uma estrela morta chamada pulsar, no centro, e o disco circundante de escombros, descoberto pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2022
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A cerca de apenas 3.000 a 4.000 anos-luz de nós, astrônomos localizaram um novo objeto misterioso extremo pulsando de forma indescritível.
De acordo com a Science Alert, depois de investigar os misteriosos flashes de luz vindos de um sistema próximo ao nosso, os pesquisadores detectaram o que suspeitam ser uma estrela viúva negra, um pulsar devorando lentamente sua estrela companheira menor.
Pulsares viúva negra são raros, tanto que a ciência só conhece uma dúzia ou mais na Via Láctea, porém, este está com certeza entre os fenômenos mais raros já encontrados.
Nomeado ZTF J1406+1222, este sistema binário tem o menor período orbital já visto – em que a pulsar e sua companheira circulam entre si a cada 62 minutos – com uma terceira estrela distante que leva cerca de 12.000 anos para orbitar as outras duas.
"Este sistema é realmente único no que diz respeito às viúvas negras, porque o encontramos com luz visível, e por causa de sua companheira afastada, e o fato de ter vindo do centro galáctico", diz o pesquisador-chefe e físico do Departamento de Física do Instituto de Tecnologia de Massachusetts Kevin Burdge.
© Foto / NASA Goddard Space Flight Center/Cruz deWildeOs raios gama da viúva negra aquecem o lado ígneo do "dia" da estrela
Os raios gama da viúva negra aquecem o lado ígneo do dia da estrela - Sputnik Brasil, 1920, 05.05.2022
Os raios gama da viúva negra aquecem o lado ígneo do "dia" da estrela
Os pulsares surgem quando os núcleos de estrelas supergigantes massivas colapsam em estrelas de nêutrons. Quando essas estrelas de nêutrons são altamente magnetizadas e giram rapidamente, elas se tornam o que chamamos de pulsar.
Normalmente, os pulsares giram rápido e morrem jovens, devido à quantidade de energia que estão emitindo. Mas, se uma estrela se aproxima o suficiente do pulsar, ele pode sugar lentamente o material dela como um parasita gigante.
No passado, os astrônomos foram alertados para esses sistemas de viúvas negras por meio de raios gama ou raios X – radiação de alta frequência emitida pelo próprio pulsar. Mas a equipe usou uma nova técnica para encontrar ZTF J1406+1222 localizando luz visível saindo da estrela que estava sendo devorada.
Esta é a primeira vez que um pulsar viúva negra foi encontrado dessa maneira, além do fato de ter sido encontrado em um misterioso sistema, sendo orbitado por uma rara estrela subanã fria, a cada 12.000 anos, de forma absolutamente inédita.
Uma das principais hipóteses é que a gravidade do nosso buraco negro central pode ter separado o aglomerado do centro da Via Láctea, poupando apenas a tripla viúva negra.
"É um cenário de nascimento complicado", diz Burdge. "Este sistema provavelmente está flutuando na Via Láctea há mais tempo do que o Sol."
Segundo Burdge, o que mais intrigou os pesquisadores é que, ao buscar por raios gama e raios X, os sistemas não conseguiram detectá-los, o que sugere que na verdade pode não ser uma viúva negra.
"Tudo parece apontar para ser um binário de viúva negra. Mas há algumas coisas estranhas sobre isso, então é possível que seja algo totalmente novo."
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