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Autoridades ucranianas seguem perseguindo vítimas do massacre de Odessa de 2014, segundo testemunha

© Sputnik / Igor MaslovMoradores colocam cruz em forma de lâmpadas em ato comemorativo da memória das vítimas de ativistas anti-Maidan que morreram na Casa dos Sindicatos (no fundo) de Odessa, Ucrânia, 2 de maio de 2021
Moradores colocam cruz em forma de lâmpadas em ato comemorativo da memória das vítimas de ativistas anti-Maidan que morreram na Casa dos Sindicatos (no fundo) de Odessa, Ucrânia, 2 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 02.05.2022
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Em 2 e 3 de maio de 2014 houve lutas entre grupos que eram a favor dos eventos que retiraram do poder o presidente eleito ucraniano Viktor Yanukovich e os que estavam contra que terminaram em massacre dos últimos.
As autoridades da Ucrânia têm perseguido ao longo dos anos as vítimas do massacre de 2 e 3 de maio de 2014 em Odessa, bem como seus familiares, descreveu uma testemunha à Sputnik.
"Durante oito anos Kiev prendia em Odessa não só as vítimas, como também familiares dos que sofreram nos acontecimentos de 2-3 de maio de 2014 no Campo Kulikovo e na Casa dos Sindicatos. No início isso era feito para os trocar com os participantes da expedição punitiva das Forças Armadas da Ucrânia que acabaram prisioneiros de guerra em Donbass, em 2014. Havia alguns dos sobreviventes da Casa dos Sindicatos entre aqueles que Kiev trouxe para as primeiras trocas", disse Marina.
Segundo ela, ninguém das autoridades da cidade foi responsabilizado pelo que aconteceu.
"O único que foi processado foi o chefe da polícia de Odessa, e isso aconteceu por ter contado como tudo aconteceu. Que convocaram uma reunião especificamente nesse dia, levaram todos os seus celulares, e [isso] precisamente no momento em que tudo acontecia, ou seja, basicamente todos os policiais de Odessa de escalões inferiores não podiam receber quaisquer ordens do comando, nem como agir, nem como reagir. Ele foi processado devido a ter contado isso", assinalou Marina.
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A testemunha afirmou que os dados das vítimas e dos perpetradores tiveram de ser recolhidos pelos familiares.
"Ninguém foi responsabilizado, em nenhum nível. Nem os bandidos, que foram os perpetradores diretos, nem seus chefes, nem os organizadores. Além disso, quando depois de um tempo se tentou realizar comícios, chamar a atenção para a tragédia, realizar ações espontâneas em memória da queima de odessitas, os participantes eram presos."
Em 2 de maio de 2014 se iniciaram confrontos perto da praça Grecheskaya entre ativistas contra o Euromaidan, os eventos que depuseram ilegalmente o então recém-eleito presidente ucraniano Viktor Yanukovich, de um lado, e os "ultras" de futebol da Carcóvia e de Odessa e participantes do Euromaidan, do outro. A luta terminou com a destruição do campo de tendas anti-Maidan e o incêndio da Casa dos Sindicatos, onde representantes do primeiro grupo se tinham refugiado.
48 pessoas morreram durante a tragédia, seis na área da Praça Grecheskaya e do centro comercial Afina, incluindo duas em hospitais, e 42 no Campo Kulikovo e na Casa dos Sindicatos, incluindo três em hospitais. Seis pessoas morreram devido a ferimentos de bala, dez sofreram quedas fatais das janelas do edifício em chamas e 32 perderam a vida devido a queimaduras e intoxicação por monóxido de carbono. Além destas vítimas, mais de 250 pessoas ficaram feridas.
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