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MRE da Rússia: próximas provocações da Ucrânia com ataques ao território russo terão resposta dura

© AFP 2023 / Aleksandr NemenovTorres do Kremlin em Moscou, Rússia, 27 de abril de 2022
Torres do Kremlin em Moscou, Rússia, 27 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 28.04.2022
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O Ministério das Relações Exteriores russo avisou que as tentativas de Kiev e de países ocidentais de provocar a Ucrânia a disparar contra alvos russos levará a uma "resposta dura da Rússia".
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, advertiu contra o que disse ser o encorajamento de ataques ucranianos ao território russo.

"Gostaria que em Kiev e nas capitais ocidentais levassem a sério as afirmações do Ministério da Defesa do nosso país de que a continuação das provocações da Ucrânia para atingir alvos russos levará certamente a uma resposta dura da Rússia [...]. Não aconselhamos que continuem testando nossa paciência", disse na quinta-feira (28) Zakharova em um briefing.

As armas fornecidas pelos países ocidentais à Ucrânia podem acabar nas mãos de terroristas da mesma forma que as dadas à oposição na Síria, afirmou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Veem-se bem os paralelos com os acontecimentos sírios, quando as armas fornecidas em massa pelo Ocidente à chamada oposição moderada síria eram vendidas no mercado negro e acabaram nas mãos dos terroristas do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países]. Lembram com quem depois lutou o Ocidente? EUA? Reino Unido? Paris? Berlim? Roma? Claro, com esse mesmo Daesh, esse mesmo padrão", acrescentou ela.
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"Não excluímos que o mesmo destino, na realidade, prevemos que o mesmo destino atinja as armas ocidentais na Ucrânia", de acordo com Zakharova.
A representante do Kremlin citou a existência de milhares de mercenários que chegaram à Ucrânia desde o começo da operação militar especial da Rússia.
"Ao todo, segundo as informações do Ministério da Defesa do nosso país, desde o começo da operação militar especial na Ucrânia lá deram entrada praticamente 7.000 mercenários estrangeiros, de 63 países", referiu, observando que entre eles haviam cidadãos do Canadá, EUA, Geórgia, Reino Unido e Romênia.
Em referência à república não reconhecida localizada entre a Moldávia e a Ucrânia, onde têm sido relatadas explosões vindas do território ucraniano, Maria Zakharova também condenou as "tentativas de envolver a Transnístria no que está acontecendo na Ucrânia".

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Zakharova também referiu uma tentativa das autoridades dos EUA de se intrometerem nos assuntos internos da Rússia.
"Prestamos atenção ao material 'O que é uma operação militar especial?' postado em 21 de abril [última quinta-feira] no portal do Departamento de Estado dos EUA. Lá há um apelo aos cidadãos dos EUA [...] para se juntarem à campanha propagandística antirrussa, usando para isso ferramentas de tecnologias de informação e comunicação ocidentais", afirmou em briefing.
"Essencialmente [...] é o envolvimento de meios de comunicação pessoais, de americanos comuns, para a disseminação de mentiras, propaganda e fakes [...]. Nós, claro, condenamos firmemente as ações das autoridades americanas, que têm o objetivo de intromissão direta na vida privada dos cidadãos da Rússia."
Tais ações acabam sendo também uma intromissão na vida privada dos cidadãos dos EUA, sublinhou ela.
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"Quando os cidadãos americanos seguirem hiperligações e enviarem algum tipo de mensagens dos seus computadores, e enviarem algum tipo de informação dos telefones, eles deixarão pegadas. Eles têm a certeza de que isso não se virará contra eles?", questionou.
Zakharova disse que a Ucrânia já está se preparando para ataques cibernéticos em massa contra a Rússia.

"Levem em consideração, não será possível fazer pensar serem cibercrimes feitos do território da Federação da Rússia, por cidadãos de nosso país. Foi iniciada pelo regime de Kiev, EUA, o Ocidente coletivo, estruturas da OTAN, uma grande provocação no ciberespaço, estamos registrando isso", destacou, citando planos do governo ucraniano de criação de um "Exército cibernético de 300.000 cibersoldados".

Para a representante do governo russo, "pela primeira vez um Estado-membro da OTAN declarou abertamente uma ciberagressão e realização de ciberguerra".
"Estamos falando da realização de mais de 600, cerca de 700 ataques cibernéticos contra empresas, bancos e estabelecimentos russos e belarussos, e tudo isso era realizado oficialmente pelo Estado da Ucrânia", denunciou Maria Zakharova.
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