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Inédito: NASA registra 'martemotos' mais intensos da história do Planeta Vermelho

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Marte (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 23.04.2022
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Os dois últimos abalos sísmicos foram identificados pelo módulo de aterrissagem InSight da NASA.
Os dois 'martemotos' recordes registrados pelo módulo InSight aconteceram no lado mais distante do planeta, em relação ao aparelho da NASA, e são cinco vezes mais fortes do que o maior evento anteriormente registrado.
O 'martemoto' chamado S0976a era de magnitude 4.2, e o S1000a registrou abalo de nível 4.1. Os dados do estudo foram publicados na revista acadêmica The Seismic Record, nesta sexta-feira (22).

"Identificar eventos dentro do centro da zona de sombra é um verdadeiro avanço para nossa compreensão de Marte. Antes desses dois eventos, a maior parte da sismicidade estava a cerca de 40 graus de distância do InSight. Estando dentro da sombra central, a energia atravessa partes de Marte que nunca pudemos amostrar sismologicamente", explicou Savas Ceylan, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores não conseguiram identificar com precisão a localização do S1000a, mas, assim como o S0976a, ambos se originaram no lado oposto de Marte. A energia sísmica liberada pelo S1000a é também a mais longa já registrada em Marte, com duração de 94 minutos.
Foto capturada pela sonda chinesa de Marte Tianwen-1, divulgada em 3 de março de 2021, pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) mostra o planeta Marte - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2022
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" Esses não são apenas os eventos maiores e mais distantes por uma margem considerável, mas o S1000a tem um espectro e duração diferente de qualquer outro evento observado anteriormente. Eles são realmente fenômenos notáveis no catálogo sísmico marciano", disse Anna Horleston, uma das cientistas envolvidas no projeto.

Embora de magnitudes semelhantes, os dois 'martemotos' possuem diferenças importantes. O S0976a é caracterizado apenas por energia de baixa frequência, como muitos dos terremotos identificados até agora no planeta, enquanto S1000a tem um espectro de frequência muito amplo.

"O [S1000a] é uma clara exceção em nosso catálogo e será fundamental para nossa compreensão da sismologia marciana", disse Horleston.

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