Após encontro com Temer, Leite diz que 'não estou procurando ser vice de ninguém'

Em meio a negociações de partidos de centro por uma candidatura única à presidência da República, ex-governador diz que "existem aqueles que entendem que devo liderar um projeto". Ao mesmo tempo, Temer atua como mediador na disputa no PSDB.

Depois da reunião com o ex-presidente, Michel Temer, em São Paulo nesta terça-feira (19), o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), indicou que sua preferência não é por uma candidatura a vice, segundo O Globo.

"Não estou procurando ser vice de ninguém. Existem aqueles que entendem que devo liderar um projeto. Se for o caso, estarei à disposição. Se não for, darei a minha contribuição onde estiver", declarou.

De acordo com a mídia, Temer é um dos principais articuladores da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) como cabeça de chapa da terceira via. Ao mesmo tempo, Leite acrescentou que a conversa com o ex-mandatário teve como foco a discussão sobre o país e a discussão sobre uma alternativa a polarização.

Ontem (18), Tebet disse que se não fosse cabeça de chapa abriria mão de ser vice, já que aceitar esse papel seria diminuir o "espaço da mulher na política", entretanto, nas últimas semanas, houve uma série de acenos entre a senadora e Leite.

Contudo, esse não é o maior dos problemas, visto que o PSDB já escolheu seu candidato á presidência representado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria. Não por acaso, Doria também esteve com Temer na semana passada. O ex-presidente tem atuado como uma espécie de mediador na disputa, segundo pessoas próximas.

Diante dessas dificuldades, Leite tem intensificado suas movimentações para se viabilizar. Na quarta-feira (20), o possível presidenciável terá uma agenda no Ceará com o senador Tasso Jereissati (PSDB) e lideranças locais.

Partidos como PSDB, Cidadania, MDB e União Brasil estabeleceram até 18 de maio para o lançamento de um pré-candidato que possa tentar quebrar a polarização representada pelo ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).