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Mourão ironiza áudios que relatam tortura na ditadura: 'Vai trazer os caras do túmulo de volta'?

© Agência Brasil / Marcelo CamargoO vice-presidente da República, Hamilton Mourão, dá entrevista coletiva após a 7ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (foto de arquivo)
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, dá entrevista coletiva após a 7ª Reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 18.04.2022
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Para vice-presidente, torturas praticadas na época do golpe militar fazem parte da "história do país e já são passado". Ao mesmo tempo, Mourão ironiza possível investigação a partir de áudios gravados em reuniões do Superior Tribunal Militar.
Com a revelação de áudios de militares em sessões no Superior Tribunal Militar (STM) dialogando sobre torturas praticadas na época da ditadura militar no Brasil, jornalistas perguntaram ao vice-presidente, Hamilton Mourão, se ele achava que os arquivos poderiam gerar uma investigação.
Rindo, Mourão minimizou o fato e indagou o porquê de uma apuração se todos que estão envolvidos "já estão mortos".

"Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. [risos]. Vai trazer os caras do túmulo de volta? […] História, isso já passou, né? A mesma coisa que a gente voltar para a ditadura do Getúlio. São assuntos já escritos em livros, debatidos intensamente. Passado, faz parte da história do país", afirmou Mourão segundo o G1.

De acordo com a mídia, ao todo, são mais de dez mil horas de gravações, e os áudios foram analisados pelo historiador Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Nos áudios, por exemplo, um general defende a apuração do caso de uma uma grávida de três meses que sofreu aborto após choques elétricos na genitália, no caso, se tratava da ex-presa política, Nádia Lúcia do Nascimento.
Imóvel em Petrópolis (RJ), que foi centro de tortura na ditadura militar conhecido como Casa da Morte, pertenceu a espião nazista - Sputnik Brasil, 1920, 02.03.2021
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Pela 1ª vez, militar vai a julgamento no Brasil por estupro cometido durante a ditadura
Em um outro áudio, um ministro, não identificado, denuncia uma confissão de roubo a banco obtida a marteladas, uma vez que o suspeito estava preso à época do crime.
Em dezembro de 2014, a Comissão Nacional da Verdade divulgou um relatório no qual responsabilizou 377 pessoas por crimes cometidos durante a ditadura, entre os quais tortura e assassinatos.
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