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The Economist: mesmo velhos aliados dos EUA rejeitam seus apelos para impor mais sanções à Rússia

© Sputnik / Aleksei VitvitskyEm Genebra, na Suíça, as bandeiras dos EUA e da Rússia aparecem alinhadas durante encontro de representantes dos dois países em 10 de janeiro de 2022
Em Genebra, na Suíça, as bandeiras dos EUA e da Rússia aparecem alinhadas durante encontro de representantes dos dois países em 10 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.04.2022
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Apesar das tentativas do Ocidente de isolar economicamente a Rússia, grande parte das nações não aderiu às sanções impostas a Moscou, escreve The Economist em um artigo publicado no sábado (16).
Segundo a revista, embora o caso da Índia seja o "mais inconveniente dos que se abstêm consistentemente da campanha ocidental para punir" o presidente russo Vladimir Putin, o país não é o único a adotar uma posição independente de Washington.

"Na Ásia, no Oriente Médio, na África e na América Latina até os velhos aliados e clientes dos Estados Unidos rejeitam os apelos deles para impor sanções contra a Rússia ou, pelo menos, criticá-la", aponta o veículo de imprensa.

"O apoio à Ucrânia em grande parte do mundo é escasso, advertem os diplomatas, tal como a paciência dos que se abstêm", avisam os autores do artigo.
Ressaltam ainda que o apoio à Rússia é mais forte na África, que considera o país o "sucessor" da União Soviética, que a ajudou a lutar contra as potências coloniais. Enquanto a maioria das nações latino-americanas aderiu à resolução da ONU sobre a Ucrânia em março, "há pouco apetite na região para se juntar ao regime de sanções" contra a Rússia.
Rajnath Singh, ministro da Defesa da Índia, durante coletiva de imprensa conjunta envolvendo os responsáveis da Defesa e das Relações Exteriores indianos e americanos em Washington, EUA, 11 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2022
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Mesmo que o impacto que essas nações podem ter na economia russa não pareça ser muito forte devido aos laços econômicos relativamente fracos, os 40 países que se opuseram ou se abstiveram da resolução constituem um quarto do PIB mundial e 20% das suas exportações, e poderão ser de importância "geopolítica" na situação atual, estima a publicação.

'Enviar um sinal'

Os autores ressaltam que a decisão de não se juntar à campanha de Washington deve-se a diversos "incentivos comerciais, compromissos ideológicos, ambições estratégicas ou simples medo". "Além disso, eles veem uma oportunidade de enviar um sinal", afirma a publicação, referindo-se a países como a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos que buscam também resolver seus problemas internos.
De acordo com a mídia, uma razão adicional são as preocupações de que as sanções contra a Rússia criem uma alta nos preços da energia e dos produtos alimentares no mundo.

Preocupações 'hipócritas'

"Outra objeção relacionada é que o Ocidente está obcecado com um conflito europeu que não é uma verdadeira preocupação global, minimizando ou ignorando violações dos direitos humanos em outros locais", sugerem os autores.
Assim, à luz do contexto da guerra americana no Iraque e do bombardeio da Líbia pela OTAN em 2011, as preocupações do Ocidente com a soberania da Ucrânia parecem ao Oriente Médio e Turquia "egoístas e hipócritas". "A recepção calorosa da Europa aos refugiados europeus, comparada com a que foi concedida aos refugiados sírios, faz revirar os olhos", constata a publicação.
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