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Japão avança com planos de vazar água radioativa de Fukushima no oceano Pacífico

© AFP 2023 / Charly TriballeauPrédios dos reatores 6 (à esquerda) e 5 (à direita) da usina nuclear de Fukushima em Okuma, prefeitura de Fukushima, Japão, 5 de março de 2022
Prédios dos reatores 6 (à esquerda) e 5 (à direita) da usina nuclear de Fukushima em Okuma, prefeitura de Fukushima, Japão, 5 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 16.04.2022
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As autoridades do país asiático concluíram que a melhor solução é vazar no oceano a água da usina nuclear de Fukushima. Apesar dos esforços de descontaminação, a água ainda contém material radioativo.
As autoridades japonesas permitiram vazar a água de resfriamento da usina nuclear de Fukushima, apesar de ela ainda conter algum material radioativo, relata na sexta-feira (15) a emissora NHK.
A decisão foi tomada na quinta-feira (14) após uma reunião da Autoridade de Regulação Nuclear (NRA, na sigla em inglês) do Japão, onde foi declarado que todas as hipóteses foram discutidas até a exaustão.
Segundo o plano, em 2023 a Tokyo Electric Power Co. (TEPCO, na sigla em inglês), operadora da usina nuclear, deverá vazar mais de um milhão de toneladas de água radioativa no oceano Pacífico. Ela foi tratada, mas ainda contém elementos radioativos. A NRA planeja ter uma versão preliminar do documento de inspeção em maio, que indicaria a aprovação efetiva do plano.
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Não obstante, têm decorrido protestos na prefeitura de Fukushima, que advertem que a água pode ser prejudicial para as pessoas e a biodiversidade.
"Assim que a água contaminada pela energia nuclear é vazada no mar, o resultado é irreversível. Não é só Fukushima. O oceano conecta o mundo inteiro", disse um manifestante, citado pela emissora CGTN.
Ativistas na Coreia do Sul também têm se manifestado contra o plano, enquanto a China expressou na quarta-feira (13) preocupações similares sobre a contaminação.
"Não podemos permitir o potencial dano à ecologia marinha, à segurança alimentar e à saúde humana causado pelo derramamento no mar de água contaminada pela energia nuclear", apontou aos jornalistas Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
A usina nuclear de Fukushima sofreu um acidente em março de 2011, quando o maior terremoto já registrado no Japão e posterior tsunami danificaram os reatores da usina, em especial o seu sistema de resfriamento, levando ao vazamento de águas radioativas.
Depois disso, a água da usina nuclear tem sido tratada, purificada e mantida em tanques, no entanto, sua capacidade deve atingir o limite durante 2022. Além disso, o trítio radioativo é impossível de ser eliminado com os atuais métodos, apesar de seus níveis estarem dentro dos limites regulatórios japoneses e dos padrões da Organização Mundial da Saúde para a água potável. Embora o trítio não seja perigoso em pequenas quantidades, desconhece-se seu impacto a longo prazo sobre a vida marinha.
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