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Ex-presidente russo: Rússia terá mais adversários oficiais após Suécia e Finlândia aderirem à OTAN

© Sputnik / Ekaterina ShtukinaDmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, durante reunião em 7 de abril de 2022
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, durante reunião em 7 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2022
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A Rússia terá mais adversários se a Suécia e Finlândia decidirem se juntar à OTAN, o que levará Moscou a ter de aumentar o investimento militar, comentou Dmitry Medvedev, ex-presidente russo.
A entrada da Suécia e da Finlândia na OTAN fará com que a Rússia venha a ter mais adversários oficialmente registrados, escreveu na quinta-feira (14) Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, em seu canal no Telegram.
"A Suécia e a Finlândia estão discutindo com seriedade animal a possibilidade de aderirem à OTAN. A própria aliança está pronta para aceitá-las literalmente 'sob seu braço', nos prazos mais curtos, e com o mínimo de procedimentos burocráticos", comentou ele.
"Os EUA estão transmitindo seu 'Welcome!' aos representantes da Europa do Norte literalmente de todos canais de comunicação. É só bater timidamente [na porta] e deixamos entrar logo. O que significa isso? Isso significa que a Rússia terá mais adversários oficialmente registrados", disse.
A Rússia deve reagir à expansão da OTAN sem emoções, acrescentou o ex-presidente russo (2008-2012).
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"E como nós devemos reagir a isso? A resposta é clara: sem emoções, com cabeça fria. A quantidade de países na OTAN – 30 ou 32, não é tão importante para nós, no final das contas. Menos dois, mais dois – com a significância e população deles, não há grande diferença", notou Medvedev.
Assim, o alto responsável russo crê que a Rússia terá de reforçar suas fronteiras.
"A outra questão é que se a Suécia e a Finlândia se juntarem à OTAN, a extensão das fronteiras terrestres da aliança com a Federação da Rússia mais que dobrará. Obviamente, será necessário reforçar estas fronteiras. Reforçar seriamente o agrupamento das forças terrestres e da defesa antiaérea, e destacar forças navais significantes nas águas do golfo da Finlândia", apontou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.
Segundo Dmitry Medvedev, a questão da adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN seria colocada independentemente de haver ou não uma operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
"Não vale a pena raciocinar que se não houvesse uma operação especial na Ucrânia, a questão da adesão desses países à OTAN não surgiria, e que a situação seria mais fácil para a Rússia. Não é assim. Em primeiro lugar, já houve antes tentativas de os fazer se juntarem à aliança, e em segundo, o mais importante – nós não temos com esses países disputas territoriais como com a Ucrânia, então o preço dessa filiação é diferente para nós", frisou ele.
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No entanto, o ex-presidente da Rússia espera que a razão prevaleça neste tema.
"No que toca à adesão à OTAN, a opinião pública da Suécia e da Finlândia está dividida mais ou menos meio a meio, e isso com os esforços máximos dos propagandistas locais. Nenhuma pessoa sensata quer o aumento de preços e impostos, o aumento de tensões ao longo das fronteiras, [mísseis balísticos] Iskander, armas hipersônicas e navios com armas nucleares literalmente à distância de suas próprias casas", sublinhou Medvedev.

"Esperamos que a razão de nossos vizinhos setentrionais acabe prevalecendo [a emoção], mas se não, como se diz, 'ele veio sozinho'."

Os problemas vindos de uma adesão da Suécia e Finlândia à OTAN se arrastariam aos países do mar Báltico, adicionou.
"Nesse caso, nem pode haver a questão do Báltico não ter status não nuclear. O equilíbrio deve ser restaurado. Até hoje, a Rússia não tomou tais medidas e não teve intenção de fazê-las. Se nos obrigarem, então 'tenham em conta – não fomos nós que o sugerimos', como disse o herói de um filme antigo conhecido", defendeu Medvedev.
Recentemente, a Suécia e a Finlândia expressaram vontade de se juntar à OTAN, apesar de algumas reticências por parte dos governos no poder nesses países. A justificativa indicada tem a ver com os eventos na Ucrânia.
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